Houthis ignoram avisos internacionais e seguirão atacando navios mercantes. Os rebeldes Houthi do Iêmen afirmaram hoje (20/12), que continuarão atacando navios mercantes no Mar Vermelho em solidariedade aos palestinos “atacados por Israel” em Gaza. Os terroristas estão ignorando o anúncio de uma força de coalizão de dez países, liderados pelos Estados Unidos, que protegerão a via marítima comercial.
“Mesmo que a América consiga mobilizar o mundo inteiro, as nossas operações militares não irão parar a menos que os crimes de genocídio em Gaza parem e que alimentos, medicamentos e combustível sejam autorizados a entrar para apopulação sitiada, independentemente dos sacrifícios que isso nos custe”, disse Mohammed Al-Bujaiti, um dos líderes do grupo rebelde na sua conta no X.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse ontem (19/12) que será ativada a Operação Prosperity Guardian, uma coalizão de 10 países com o objetivo de prevenir ataques Houthis contra navios mercantes que transitam no Mar Vermelho.
“Os países que procuram defender o princípio fundamental da liberdade de navegação devem unir-se para enfrentar o desafio colocado por este grupo não estatal”, disse Austin num comunicado divulgado ontem, anunciando a Operação que envolverá meios militares dos Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido, Bahrein, Canadá, Itália, Holanda, Noruega e Seychelles.
Espanha informou que a sua participação na Prosperity Guardian ocorrerá sob a gerência e as decisões da OTAN e União Europeia. A Itália anunciou que enviará a fragata multimissão “Virgilio Fasan” para o Mar Vermelho, onde se encontra o contratorpedeiro britânico “HMS Diamond”. Eles se juntam a uma força que atualmente conta com três Destróieres americanos e uma fragata francesa.
Os rebeldes do Iémen lançaram uma série de ataques de drones e mísseis contra navios no Mar Vermelho nas últimas semanas. Na segunda-feira (18/12), eles assumiram a responsabilidade por um ataque a dois navios no Mar Vermelho, um deles o norueguês M/T Swan Atlantic.
Em resposta, várias companhias marítimas decidiram evitar o o Estreito de Bab al Mandeb, ponto de entrada ou saída do Mar Vermelho e que separa a Península Arábica da África, e por onde transita 40% do comércio mundial.
“Os Houthis têm um grande arsenal de diferentes drones e mísseis, alguns deles de difícil detecção e interceptação”, disse Andreas Krieg, professor do King’s College London.
Os Houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, controlam grandes partes do país árabe, incluindo a sua capital, Sanaa, e têm lutado durante anos contra o governo liderado por Abdo Rabbu Mansur Hadi, numa guerra civil que é amplamente vista como um confronto velado a Arábia Saudita, Arábia e o Irã.
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