F-35A Block 4 chega para a Bélgica em 2024. Em 2024, o Componente Aéreo Belga (Belgican Air Component — BAC) receber o primeiro F-35A Lightning II Bloco 4, matriculado FL-001 (C/n AY-01). A Lockheed Martin revelou esta informação aos funcionários do governo belga numa cerimônia de apresentação exclusiva realizada em 10/12.
Um total de 34 F-35A farão a prestigiosa viagem dos EUA para a Bélgica nos próximos anos. O Almirante Michel Hoffman, Chefe da Defesa das Forças Armadas Belgas, destacou a importância do F-35. Ele elogiou o potencial do F-35A para elevar a eficiência operacional do BAC e melhorar os esforços de colaboração da Bélgica com “aliados e parceiros na OTAN, na UE e além”.
Os primeiros seis Lightning II da Força Aérea Belga, ou Belgische Luchtmacht (BLu) serão enviados para a Base Aérea de Luke, no Arizona, onde se juntarão ao 312º Esquadrão de Caça (312nd FS) subordinado à 56ª Ala de Caça (56th FW). Esta Unidade é responsável por fornecer treinamento F-35A para nações aliadas. São eles os FL-001 a FL-006 (c/n AY-01 a AY-06).
A colaboração da Bélgica com o programa Essential Security Interest [ESI] da Lockheed Martin confere ao país uma vantagem distinta. Esta associação não só permite que engenheiros e especialistas belgas se familiarizem e se envolvam com tecnologias de defesa americanas de ponta, mas também apresenta oportunidades para aperfeiçoarem as suas competências e expandirem o conhecimento da indústria local.
Notavelmente, o FL-001 (AY-01) vai passa por uma série de testes e testes meticulosos conduzidos na Base Aérea de Luke, no Arizona. Mas afinal ele é do bloco 4? Não está claro no comunicado de imprensa se o AY-01 é, de fato, a versão Bloco 4, conforme a declaração da Lockheed Martin. Esta questão surge do recente pedido da Bélgica que só receberia aeronaves na última configuração do F-35 (hoje Bloco 4) que exige o TR-3, mas que segundo a Lockheed Martin, ele só voará em abril/maio de 2024, após o adiamento deste ano.
Após reportagens da mídia belga alegando que AY-01 e AY-02 não cumprem os requisitos técnicos das modificações do Bloco 4, a Lockheed Martin esclareceu que a atualização ocorrerá em breve, garantindo à Bélgica que seu pedido específico será atendido.
Modificação TR-3. A atualização mais recente em andamento é a versão Block 4, que prevê trazer uma infinidade de novos recursos para o F-35A. Essa reformulação abrange a integração de um processador TR-3 com maior capacidade de processamento. Além disso, possui uma tela panorâmica na cabine (WAD), capacidade de memória aumentada, um sistema de radar atualizado e um sistema robusto de guerra eletrônica. Isso aumenta o potencial do F-35A, concedendo-lhe a capacidade de utilizar armamento moderno, entre outras melhorias notáveis.
Diferenças TR-2/TR-3. O caça F-35 emprega os processadores Tech Refresh 2 e 3 ou TR-2 e TR-3, cada um cumprindo funções distintas. O processador TR-2 tem a tarefa de gerenciar os dados dos sensores da aeronave enquanto o TR-3 executa o software de missão do avião. Esta configuração melhora a eficiência de processamento e o desempenho geral do F-35.
A BAE Systems projeta o processador TR-2, construído na arquitetura PowerPC. Ele processa dados de diversos sensores, abrangendo radar, sistema de guerra eletrônica e sistema de mira eletro-óptica. Projetado para lidar de forma rápida e eficaz com grandes volumes de dados, o TR-2 permite que o F-35 identifique e rastreie alvos prontamente, sejam eles aéreos ou terrestres.
Por outro lado, o processador TR-3 tem suas raízes na fabricação da Lockheed Martin e é baseado na arquitetura ARM. Este processador tem a função de executar o software da missão, que conta com controles de voo, sistemas de armas e sistemas de comunicação. O design do TR-3 centra-se na confiabilidade e segurança superiores, garantindo que o F-35 possa cumprir suas missões com máxima segurança e produtividade.
Por que TR-3 é melhor? Com sua velocidade de clock mais alta, o processador TR-3 é uma melhoria em relação ao TR-2, conferindo uma capacidade de processar informações em uma taxa mais rápida. Isto não só capacita o F-35 a lidar com tarefas mais elaboradas, mas também permite que ele se adapte prontamente às alterações nas condições do campo de batalha.
Juntamente com sua velocidade de clock superior, o processador TR-3 está equipado com mais memória cache que o TR-2. Esse recurso valioso permite acomodar mais dados próximos ao processador, reduzindo o tempo necessário para acessar esses dados. Consequentemente, o F-35 pode processar informações de forma rápida e eficiente.
O gerenciamento de energia é outro domínio onde o processador TR-3 supera o TR-2. Este recurso sofisticado garante uma operação eficiente, consumindo o mínimo de energia e produzindo menos calor. Para uma aeronave de alto desempenho como o F-35, isso é vital – permitindo que ela funcione por longos períodos sem o risco de superaquecimento ou esgotamento de energia.
A construção robusta do TR-3 o torna adequado para condições extremas e resistente a temperaturas intensas, vibrações e outros perigos potenciais. Essa resiliência significa que o F-35 pode funcionar sob uma gama mais ampla de circunstâncias e é menos propenso a enfrentar falhas técnicas ou interrupções em campo.
@CAS