Ex-Comandante da Força Aérea Paraguaia preso por tráfico internacional de armas
Ex-Comandante da Força Aérea Paraguaia preso por tráfico internacional de armas. O General do Ar Arturo Javier González Ocampo, que Comandou a Força Aérea Paraguaia (FAP) até o 21 de novembro deste ano, foi preso na manhã de hoje (05/12) durante uma operação de combate ao tráfico internacional de armas. O General Ocampo foi preso em sua residência em Assunção, no Paraguai, onde os agentes localizaram armas e grande valor em dinheiro.
A prisão faz parte da Operação Dakovo da Polícia Federal do Brasil (PF), que cumpre 25 mandados contra um grupo suspeito de negociar cerca de 43 mil armas com os chefes das maiores facções criminosas do Brasil em três anos. Estima-se que neste período, o grupo movimentou cerca de R$ 1,2 bilhão.
A complexa engrenagem do tráfico internacional de armas da Europa para a América do Sul, era realizada pela empresa International Auto Supply (IAS), sediada em Assunção, no Paraguai. Além do General Ocampo, foram presos o General Jorge Antonio Orue Roa, o Coronel Bienvenido Fretes, a Capitã Josefina Cuevas Galeano e a Tenente Cinthia Maria Turro Braga, todos do Exército Paraguaio, e envolvidos no processo de facilitação de entrada dos carregamentos de armas ilícitas no país.
De acordo com a PF, a empresa IAS importou milhares de pistolas, fuzis e munições de fabricantes sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. Ao chegarem no Paraguai, as armas tinham suas numerações raspadas e eram revendidas a grupos de intermediários que atuavam na fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu (PR), onde eram negociadas ilicitamente para o Brasil.
Dakovo é o nome da cidade da Croácia onde a PF começou sua investigação e de onde partiu grande parte dos carregamentos de armas. A operação foi realizada pela Polícia Federal em parceria com Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) com o Ministério Público do Paraguai. A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.
O processo está em curso na 2º Vara Federal de Salvador/BA, a qual expediu 25 mandados de prisões preventivas, 06 ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos.
Siga-nos no X e Facebook
@FFO