Coreia do Norte diz que interferência nos seus satélites é uma declaração de guerra. A Coreia do Norte considera qualquer interferência em suas operações de satélites como uma declaração de guerra, passível de mobilizar a sua capacidade de dissuasão para defender os seus ativos estratégicos. A declaração oficial foi divulgada no sábado (02/12) pela agência estatal KCNA.
“No caso dos EUA tentarem violar o território legítimo de um Estado soberano, utilizando tecnologia ilegal e injusta, a RPDC [República Popular da Coreia do Norte] tomará todas as medidas de autodefesa, destruindo os satélites espiões dos EUA”, disse o comunicado citando uma declaração do porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Norte.
A Coreia do Norte afirma ter lançado com sucesso em 21/11, o Malligyong-1, seu primeiro satélite espião cujo objetivo é coletar dados e imagens de instalações militares nos Estados Unidos continental, no seu território insular de Guam, e no Japão.
Questionado se os EUA tem capacidade para interromper as operações do satélite norte-coreano, um porta-voz do Comando Espacial dos EUA disse é possível bloquear as capacidades espaciais de um adversário, através de uma série de meios disponíveis.
No mesmo comunicado de sábado, o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse que tomará contramedidas contra indivíduos e organizações dos EUA e “suas forças vassalas que imponham e apliquem sanções contra seu país, acrescentando que isto viola o direito internacional”.
Os Estados Unidos aplicaram com novas sanções contra Pyongyang, após o lançamento do satélite na semana passada, designando agentes estrangeiros que facilitaram os bloqueios para que a Coreia do Norte obtivesse receitas e tecnologia para o seu programa de armas de destruição em massa. A Coreia do Sul colocou mais onze norte-coreanos em sua lista negra por envolvimento no desenvolvimento de satélites e mísseis balísticos.
A mídia estatal norte-coreana publicou um comentário de um analista de relações internacionais norte-coreano, que argumentou que “os Estados Unidos, o maior possuidor de satélites do mundo, deveriam enfrentar o Conselho de Segurança das Nações Unidas se o envio de satélites fosse considerado um crime.”
“No caso de ocorrer um confronto inesperado no em torno da península coreana, os EUA, que têm continuamente pressionado o espaço de segurança da RPDC através da escalada da ameaça militar e da chantagem, serão totalmente responsabilizados pela situação catastrófica”, afirmou o analista norte-coreano, acusando os Estados Unidos pelos exercícios militares conjuntos com o Japão e a Coreia do Sul.
Fonte: Reuters
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