Luftwaffe planeja viagem a região do Indo-Pacífico em 2024. A Luftwaffe (A Força Aérea Alemã) planeja uma viagem pela região Ásia-Pacífico em 2024, acompanhada por aeronaves da França e da Espanha para uma série de exercícios conjuntos com aliados. Além disto, os parceiros do Future Combat Air System (FCAS) devem promover o novo caça europeu na região.
A mobilização de quatro semanas ocorrerá no próximo verão europeu, e envolverá pelo menos um navio da marinha alemã, tem por objetivo também mostrar que a Alemanha também deve ajudar a estabilizar uma região economicamente importante à medida que a China aumenta sua influência.
“Reconhecemos que os interesses da região também são os nossos”, disse o ministro da Defesa, Boris Pistorius, em 16 de novembro, num evento em Berlim organizado pela rede Mulheres na Segurança Internacional. Também faz parte do cálculo do governo que qualquer envolvimento alemão no outro lado do globo evitará que os Estados Unidos tenham de se envolver lá, libertando as forças americanas para permanecerem concentradas na Europa, acrescentou Pistorius.
A implantação de aeronaves no próximo ano será “muito, muito maior” do que a vista na Rapid Pacific 2022. Essa implantação teve como objetivo provar que um punhado de aeronaves — seis Eurofighters, quatro aeronaves multifuncionais A400M e três aviões-tanque A330 — podem chegar a Cingapura em 24 horas.
A próxima viagem seguirá na direção oposta, atravessando o Atlântico Norte até o Alasca para uma primeira parada. Segundo o comandante da Luftwaffe, o Tenente-General Ingo Gerhartz, a ideia é aparecer na região com uma “cara europeia”, composta pelas três nações parceiras do FCAS e possivelmente envolvendo também aeronaves do Reino Unido e da Itália, além de francesas e espanholas.
O Diretor da Guarda Aérea Nacional dos EUA, Tenente-General Michael Loh, cujos pilotos treinarão com seus homólogos alemães durante o exercício Arctic Defender em julho, elogiou os planos de exercícios dos europeus. “É extremamente importante que a Europa venha ao Pacífico para mostrar interoperabilidade e apoio com os EUA e outros membros da região”, disse ele numa entrevista.
No mês passado, 8 Eurofighter Typhoon da Luftwaffe e 4 do Ejército del Aire; 12 Tornados IDS da Luftwaffe; 6 Dassault Rafale F3R do Armée de l’Air et de l’Espace, além de 4 Airbus A400Mo alemães e 4 espanhóis e 3 A330MRTT franceses participaram dos exercícios conjuntos na Europa.
Parte destas manobras visaram treinar as equipagens para participar do exercício Rim of the Pacific (RIMPAC), no Havaí, em julho de 2024, após uma parada no Japão por alguns dias, o que a Luftwaffe chama de “voo local” com tripulações japonesas. A próxima parada será o exercício Pitch Black na Austrália, no final de julho, seguido por uma escala na Indonésia ou na Malásia antes de terminar a implantação na Índia, um país que os líderes da defesa e da política externa em Berlim têm visto como uma âncora particular na região. Na Índia, o contingente europeu terá como objectivo participar no exercício internacional Tarang Shakti.
@CAS