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RFA 144 – Editorial

14 de novembro de 2023
Vista aérea do rio Esequibo em um trecho na floresta Amazônica, na altura da região de Potaro-Siparuni, na Guiana. O rio delimita a fronteira da Venezuela e da Guiana. Há muito que a Venezuela acredita que uma área de 2/3 do território da Guiana lhe pertence. Foto: Patrick Fort.   

Editorial

Nas últimas semanas, a grande mídia apresentou uma massiva e detalhada cobertura da guerra que irrompeu no Oriente Médio. Sumiram das telas da TV e dos editoriais as notícias sobre a Guerra da Ucrânia, na qual os combates são muito mais intensos e as capitais Kiev e Moscow foram atingidas sucessivas vezes por mísseis e drones. Isso sem falar nos outros conflitos que assolam o mundo, deixando milhares de vítimas militares e civis na República do Congo, em Mianmar, no Iêmen, na Armênia e em outras regiões do mundo.

No entanto, a mídia brasileira deveria focar suas câmeras nas declarações e preparos de um país bem mais próximo de nós, cujos desígnios centenários podem se transformar em um conflito sul-americano.

Trata-se do desejo da Venezuela de anexar grande parte do território da Guiana, um país de 215.000 quilômetros quadrados, povoados por apenas 795.000 habitantes. 

Há muito que a Venezuela propaga que a área delimitada pelo rio Essequibo, e que compreende grande parte do território da Guiana, lhe pertence. Tal área, originalmente parte de uma colônia holandesa posteriormente vendida à Grã-Bretanha, foi objeto de uma arbitragem realizada em 1899, que determinou que tal território pertencia à Grã-Bretanha. A Venezuela considera aquela decisão nula, e, com a declaração de independência da Guiana, considerou diversas vezes a sua anexação à força.

Só não levou adiante seu objetivo pela determinação de um país que atuou diplomática e militarmente em favor da Guiana, deixando claro que qualquer movimentação venezuelana na direção daquele território seria contida: o Brasil.

Ocorre que, recentemente, a empresa norte-americana Exxon/Mobil descobriu enormes depósitos na Guiana, tanto offshore quanto em terra. Da noite para o dia, a Guiana se transformou no país cujo PIB mais cresceu nos últimos anos.

Isso deve ter aguçado a vontade da Venezuela de perseguir seu antigo objetivo. O seu mandatário, Nicolás Maduro, então marcou um referendo popular com cinco perguntas para o dia 3 de dezembro. A última pergunta do referendo propõe um novo estado venezuelano chamado Guiana Essequibo, além da distribuição de cédulas de identidade daquele país para todos os cidadãos guianenses que habitam aquele território.

Em situação normal, o Brasil se oporia a qualquer tentativa de anexação, como fez no passado. No entanto, com o atual governo sendo muito próximo ideologicamente à Venezuela, é possível que seja dado apoio ao pleito de Maduro. 

Neste caso, podemos prever uma intervenção britânica, uma vez que a Guiana faz parte do Commonwealth. E os ingleses não costumam deixar os seus aliados na mão.

Interessantemente, para acessar a Guiana a partir da Venezuela, é preciso passar pelo Brasil. 

E aí, como é que a gente fica?

Será que nossos pilotos serão um dia ordenados a enfrentar a RAF em céus amazônicos…?

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Revista Força Aérea Edição 144 – Outubro de 2023.

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