EUA, Coreia do Sul e Austrália iniciaram o Vigilant Defense 24. Mais de 130 aeronaves dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Austrália estão envolvidas no Exercício Conjunto “Vigilant Defense 24”, iniciado em 30 de outubro na Base Aérea de Kunsan, na Coreia do Sul, e que se estenderá até o próximo dia 03 de novembro. Cerca de 25 modelos de aeronaves estão participando, incluindo caças, cargueiros, aviões-tanque e de reconhecimento.
A USAF participa com aviões de caça e ataque F-35, F-16 e A-10 e aeronaves de reabastecimento em voo KC-135. A Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) participa com seus caças F-35 e Boeing E-7 AEW de Alerta e Controle Antecipado, além dos aviões-tanque KC-330. A Real Força Aérea Australiana (RAAF) enviou seus KC-30A.
Organizado pela Sétima Força Aérea da USAF, sediada na Base Aérea de Osan, Coreia do Sul, o Vigilant Defense 24 tem como principal foco a ampliar a interoperabilidade entre os aliados e uma ampla gama de conjuntos de missões. De acordo com o Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul, a ROKAF e a USAF realizarão a integração de diferentes tipos de aeronaves e diferentes tipos de missões, incluindo defesa aérea, apoio aéreo aproximado e interdição aérea de emergência, de acordo com o Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul .
Outro objetivo do Vigilant Defense 24 é melhorar a interoperabilidade entre Unidades de caça de quarta e quinta geração. A Coreia do Sul atualmente opera os F-35 de quinta geração, recebidos de uma encomenda original de 40 unidades, a qual deverá ser aumentada em mais 25 caças adicionais, em contrato pré-aprovado pelo Departamento de defesa dos EUA.
O treinamento conjunto é uma resposta às ações militares da Coreia do Norte, mas que um comunicado da 8ª Ala de Caça da USAF, deixa claro que “se trata de um treinamento de rotina de natureza defensiva, e que nada tem haver com qualquer ameaça ou situação real”. O exercício do ano passado (“Vigilant Storm”), contou com cerca de 240 aeronaves da USAF, Corpo de Fuzileiros Navais (USMC), Marinha e Exército, juntamente com Coreia do Sul e Austrália.
Apesar disso, a Coreia do Norte usou seu aparelho de comunicação estatal para emitir nota de repúdio ao Exercício Conjunto. Em meio à edição do ano passado da “Vigilant Storm”, Pyongyang realizou vários testes de mísseis balísticos de curto alcance e tentou lançar um míssil balístico intercontinental, que terminou num fracasso.
Autoridades dos EUA, Coreia do Sul e Japão criticaram a Coreia do Norte por fornecer equipamentos militares para a Rússia combater na Ucrânia, e alertaram que essas ações violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU. A declaração conjunta divulgada em 25 de outubro afirma que Pyongyang está buscando assistência militar de Moscou para desenvolver suas próprias capacidades, e levantou preocupações sobre potenciais intercâmbios de tecnologia de mísseis nucleares ou balísticos.
A Rússia e a Coreia do Norte negaram tais trocas, mas imagens de satélite e avaliações de grupos de reflexão indicam um aumento do tráfego ferroviário e suspeitas de envios de munições de Pyongyang para Moscovo.
@FFO