EUA atacam instalações usadas por grupos apoiados pela IRGC na Síria. Na manhã de hoje, caças F-15E Strike Eagles do 494th Fighter Squadron (494th FS) da USAF, operando a partir da Jordânia, conduziram ataques aéreos a instalações de armazenamento de munições e armas da Força Quds da IRGC (Islamic Revolutionary Guard Corps) do Irã e seus representantes na Síria, como retaliação aos ataques a bases militares americanas.
Os ataques aéreos nesta sexta-feira foram a dois locais no leste da Síria ligados ao Corpo da Guarda Revolucionária do Irã, disse o Pentágono, em retaliação a uma série de ataques com drones e mísseis contra bases e pessoal dos americanos na região no início da semana passada.
Os EUA querem atingir com a maior força possível os grupos apoiados pelo Irã, suspeitos de visarem os EUA, para dissuadir futuras agressões advindas da guerra de Israel contra o Hamas. Conforme o Pentágono, houve pelo menos 12 ataques a bases e pessoal dos EUA no Iraque e quatro na Síria desde 17 de outubro.
O General Pat Ryder disse que 21 militares dos EUA ficaram feridos em dois desses ataques que usaram drones kamikazes contra a base aérea de al-Asad no Iraque e a guarnição de al-Tanf na Síria.
Num comunicado, o secretário da Defesa, Lloyd Austin, disse que “os ataques de autodefesa de precisão são uma resposta a uma série de ataques contínuos e, na sua maioria, malsucedidos, contra pessoal dos EUA no Iraque e na Síria, por grupos milicianos apoiados pelo Irã, que começaram em 17 de outubro”.
Ele disse que o presidente Joe Biden dirigiu os ataques sob medida “para deixar claro que os Estados Unidos não tolerarão tais ataques e defenderão a si, seu pessoal e seus interesses”. E acrescentou que a operação era separada e distinta da guerra de Israel contra o Hamas.
Os ataques retaliatórios não foram nenhuma surpresa. Autoridades do Pentágono e da Casa Branca deixaram claro na semana passada que os EUA responderiam, com Ryder dizendo novamente na quinta-feira que seria “na hora e no local de nossa escolha”.
A última onda de ataques dos grupos ligados ao Irã ocorreu na sequência de uma explosão mortal num hospital de Gaza, desencadeando protestos em vários países muçulmanos. Os militares israelitas atacaram Gaza em retaliação ao devastador ataque do Hamas no sul de Israel há quase três semanas (7/10). Israel negou a responsabilidade pela explosão no hospital Al-Ahli.
Este não é o primeiro ataque resposta americano. Em março, os EUA atacaram locais na Síria utilizados por grupos afiliados à IRGC, depois de um ataque ligado ao Irã ter matado um empreiteiro dos EUA e ferido outros sete americanos no nordeste da Síria. Caças F-15 americanos voando da Base Aérea de al-Udeid, no Catar, atingiram vários locais ao redor de Deir el-Zour.
@CAS