Bases americanas no Iraque sofreram ataques de drones. Os militares americanos estacionados no Iraque foram alvos de três ataques com drones em um período de 24 horas. Os ataques contra instalações militares dos EUA na região ocorrem no momento em que aumentam as tensões nas nações árabes devido ao confronto de Israel com o Hamas.
Foram os primeiros ataques às forças dos EUA no Iraque em mais de um ano, e os alvos foram a Base Aérea de Al Asad, no oeste do país e a Base Aérea de Al Harir, na região do Curdistão, no norte. Conforme o Comando Central dos EUA (CENTCOM), o sistema de defesa aérea atuou com sucesso, apesar de algumas pessoas sofrerem ferimentos leves.
“Nas últimas 24 horas, os militares dos EUA e da Coalizão no Iraque foram atacados por três drones. No oeste do país, as forças dos EUA enfrentaram dois drones, destruindo um e danificando o segundo, resultando em ferimentos leves em alguns militares das forças da coalizão. Separadamente, no norte do Iraque, as forças dos EUA destruíram outro drone, que não deixou feridos ou danos”, disse o CENTCOM.
Os militares dos EUA têm estado em alerta máximo após o ataque surpresa do Hamas contra Israel em 07 de Outubro. O grupo de milícias libanesas hezbollah, também lançou ataques com foguetes contra Israel. Ambos grupos terroristas são apoiados pelo Irã, que pode estar por trás dos ataques no Iraque, sugerem especialistas. “Para simplificar, as milícias iraquianas, também apoiadas pelo Irã, têm procurado encontrar uma forma de se envolverem neste conflito desde que tudo começou”, disse Michael Knights , do Instituto de Política para o Oriente Próximo de Washington.
Em 16 de outubro, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia Al-Sudani, onde foram abordados os esforços para evitar uma expansão do conflito em Gaza. Como meio de dissuadir os extremistas apoiados pelo Irã, Biden ordenou o envio de dois grupos de ataque de porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental, além de reforçar a presença de aeronaves militares na região.
Em 17 de outubro, o Pentágono disse que dois mil militares estavam sendo colocados em estado de prontidão elevado, para um eventual destacamento para o Oriente Médio. O USS Bataan, que transporta cerca de 2.400 fuzileiros navais, bem como caças e helicópteros, também estava se aproximando de Israel.
“Tudo isso é evidência de uma espécie de rede regional de representantes iranianos, todos buscando apoiar e reforçar as operações uns aos outros. O que todos têm preocupado nos últimos dias é que as forças dos EUA no Iraque e na Síria se tornem uma espécie de alvos fáceis para a retaliação iraniana por tudo o que acontece em Gaza”, disse Charles Lister, Diretor do Programa Síria e de Combate ao Terrorismo e ao Extremismo no Instituto do Oriente Médio.
Os EUA têm cerca de 2.500 soldados no Iraque que atuam ao lado das forças iraquianas no combate ao grupo Estado Islâmico, além de cerca de 900 soldados na Síria que também trabalham com parceiros locais para combater o ISIS.
Desde o ataque do Hamas a Israel, os EUA intensificaram os seus esforços de inteligência, vigilância e reconhecimento com plataformas tripuladas e não tripuladas em busca de sinais de escalada na região. “Neste momento de alerta intensificado, estamos a monitorizar vigilantemente a situação no Iraque e na região. Queremos enfatizar que iremos defender os EUA e nossos Aliados contra qualquer ameaça”, afirmou o CENTCOM no seu comunicado.
Fonte: AF&SM
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