Paquistão e China iniciam primeiro exercício conjunto com caças J-10
Paquistão e China iniciam primeiro exercício conjunto com caças J-10. As Forças Aéreas do Paquistão (PAF) e do Exército Popular de Liberação da China (PLAAF), iniciaram em 18/09 o Exercício Militar “Shaheen-X”. Este é o primeiro treinamento aéreo conjunto entre os países desde que o Paquistão incorporou os caças chineses Chengdu J-10CE.
De acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa Nacional da China, o Exercício Aéreo Conjunto Shaheen-X ocorrerá até meados de setembro, nas localidades de Jiuquan, na Província de Gansu, e em Yinchuan, na Região Autônoma de Ningxia Hui, ambas no noroeste da China.
O objetivo do Shaheen-X é estreitar a coordenação militar entre os dois países, aprofundar o intercâmbio e aprimorar a interoperabilidade entre as duas Forças Aéreas. Para isso, participarão das manobras de treinamento caças e aeronaves de alerta antecipado e outros tipos de aeronaves, além de forças terrestres equipadas com mísseis terra-ar, sistemas de vigilância e radar. Unidades de aviação naval da China também participarão do Exercício, informou a agência de notícias Xinhua.
O Ministério de Defesa do Paquistão confirmou para a agência paquistanesa The Nation, que a Força Aérea enviará os seus caças J-10CE para o Exercício. Será a primeira participação desses aviões de combate em exercícios com a China desde quando entraram em operação.
Em 2021 a Força Aérea do Paquistão encomendou 36 Chengdu J-10CE da China, com os primeiros seis exemplares (matrículas 22-101 à 22-106) pousando na Base Aérea de Minhas, norte do país, em 04 de março de 2022 (mais detalhes).
O Chengdu J-10CE é um caça multifuncional supersônico de quarta geração, com capacidades de ataque ao solo, combates aéreos – incluindo BVR (além do alcance visual) – e autoproteção para operar em ambientes de alta complexidade e forte interferência eletromagnética. Equipado com uma grande variedade de munições de precisão, o J-10 possui excelente manobrabilidade de combate em média e baixa altitude, decolagem e pouso de curtos e grande raio de combate devido a sua capacidade de ser reabastecido em voo.
“Esse exercício melhorará a interoperabilidade entre os dois países, especialmente para combates de guerra moderna”, disse Fu Qianshao, especialista em aviação militar chinês, ao Global Times. “O exercício permitirá à China treinar contra sistemas semelhantes aos utilizados no ocidente, que compõem as forças armadas do Paquistão”, ressaltou o especialista.
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