F-16 belgas podem ter rachaduras na fuselagem. O Ministério da Defesa da Bélgica declarou que seus 44 F-16AM/BM estariam com problemas estruturais. Isto teria impedido que parte deles fossem relacionados para serem enviados à Ucrânia para combater os russos.
Os F-16AM/BM serão substituídos pelos Lockheed Martin F-35A e com isto o governo de Bruxelas poderia engrossar a lista de países que no apoio a implantação do dos caças americanos a Força Aérea Ucraniana. A Bélgica havia dado sinais que assim que recebesse os F-35, alguns dos F-16 poderiam ser enviados para a Ucrânia.
No entanto, recentemente o Jornal De Strandard publicou uma matéria onde Frederic Goetinck, Oficial das Forças Armadas Belgas encarregado de logística e suprimentos, comentou que isto seria impossível devido à situação dos caças, que está preocupando até mesmo a Força Aérea, que hoje não pode usar eles em sua plenitude.
“Os aviões não são sendo usados em sua plenitude porque estão desgastados. Esses aviões já voaram demais. Você não pode enviar aviões para a Ucrânia que você mesmo não usaria”, disse Goetinck.
Goetinck, disse que não que a Ucrânia possa não cumprir as regras estritas sobre as horas máximas de voo. “Por exemplo, se entregarmos um avião perigoso com rachaduras na fuselagem para a Ucrânia, colocaremos em risco a vida de um piloto”, avaliou.
Rachaduras na fuselagem. A declaração de Goetinck confirma que uma parte dos F-16 belgas podem ter rachaduras microscópicas e fadiga de material, em especial na fuselagem. Declarações semelhantes foram feitas no início do ano, quando outras fontes militares belgas, que desejaram permanecer anônimas, também mencionaram a existência deste problema.
Rachaduras na fuselagem podem enfraquecer a estrutura e torná-la mais suscetível a falhas, especialmente durante manobras de alto estresse, como decolagem, pouso e manobras de combate com alto AOA e carga G. A gravidade do perigo depende do tamanho e da localização das fissuras.
Pequenas fissuras podem não causar danos imediatos, mas podem crescer com o tempo e eventualmente levar a falhas catastróficas. Grandes rachaduras, por outro lado, podem causar danos imediatos e potencialmente fazer com que a aeronave se quebre no ar. Em ambos os casos, voar com rachaduras na fuselagem é um sério risco à segurança.
Informações dão conta que a Força Aérea Belga de que os F-16AM/BM estaria verificando cada aeronave em inspeções e manutenção para detectar e reparar quaisquer rachaduras antes que se tornem um sério risco à segurança. É provável que parte da frota seja retirada de voo, reduzindo a capacidade da Força Aérea Belga até a completa entrada em serviço dos F-35, que só deverá ocorrer após 2025.
@CAS