Lockheed Martin F-35A belgas tem problemas. Este ano a montagem dos primeiros F-35A da Força Aérea da Bélgica foi iniciado na fábrica da Lockheed Martin, em Forth Worth, Texas. Porém, apesar de terem passado pelo roll-out, os dois primeiros F-35 não foram aceitos pelo Ministério da Defesa Belga, por não estarem em conformidades com o Bloco 4.
Em 2018, o governo belga assinou um contrato de aproximadamente US$ 4,5 bilhões com a Lockheed Martin para a aquisição de 34 caças F-35A para a Belgische Luchtmacht (Força Aérea da Bélgica). Os caças de quinta geração substituirão os envelhecidos F-16AM/BM Fighting Falcons em serviço na primeira linha da defesa aérea nacional desde os anos 1980.
Em 2 de agosto de 2023, iniciou do processo de montagem do primeiro par de F-35A belgas, foi feito no cronograma, que, inclusive, determina que a dupla inaugural de aeronaves devem estar prontas para serem transladadas para Luke Air Force Base até o final do ano, para iniciar os trinamento dos pilotos belgas.
Contrariando as expectativas, a Força Aérea Belga rejeitou categoricamente os F-35 número de série FL-01 (c/n AY-01) e FL-02 (c/n AY-02), por ser constatado que eles não se alinham com as especificações técnicas exigidas pela modificação do Bloco 4.
Conforme o estipulado no contrato de compra, o F-35A deverá ser entregue na configuração tecnologicamente mais avançada disponível no momento. Tal como está, a iteração mais recente é a versão Bloco 4, uma modificação definida para dotar o F-35A de uma infinidade de funcionalidades inovadoras.
Em comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa Belga, foi transmitido enfaticamente que a Força Aérea se absterá de receber os caças F-35A até que sejam realizadas as atualizações para a versão Bloco 4, incorporando o processador TR3.
Além disso, foi estipulado que o caça deveria passar por uma série abrangente de testes e obter a certificação completa antes de ser considerado pronto para entrega.
Num anúncio recente da Lockheed Martin, foi afirmado que as melhorias propostas no Bloco 4 irão reforçar a resiliência da aeronave stealth contra ameaças terrestres e aéreas contemporâneas, durante operações ofensivas e defensivas.
A integração e certificação contínuas do processador TR-3, um componente crucial destas atualizações, estão atualmente em andamento. Deve-se notar que este processo deverá se estender além do cronograma originalmente previsto.
Com suas limitações de energia, o processador TR-2 da geração anterior está mal equipado para suportar as demandas da nova modificação do Bloco 4. O prazo para a conclusão desta versão inovadora, dadas as atuais circunstâncias, deverá prolongar-se até ao segundo trimestre de 2024.
No entanto, a Força Aérea Belga encontra-se numa posição complicada com a obsolescência de seus F-16AM/BM, que estão inclusive com problemas de fadiga. Porém, é uma situação que deverá persistir até o advento do primeiro F-35A, que só deve chegar a Bases Aérea de Kleine-Brogel, região de Flandres, e de Florennes, em Valônia, em 2025. Os novos caças irão compor dois esquadrões operacionais, cada um com 17 jatos.
Porém, com esta nova situação, as entregas deverão sofrer um atraso. A provisão é que só em 2030 todos os 34 F-35 fossem entregues.
@CAS