Pilotos ucranianos serão convertidos ao F-16 na 162nd Wing da USAF. Após informações desencontradas sobre quem treinaria os pilotos da Força Aérea da Ucrânia, os EUA bateram o martelo e começarão a treinar os ucranianos dentro de dois meses.
A informação foi confirmada pelo secretário de imprensa do Pentágono, Brig. General Pat Ryder na tarde de 24 de agosto. Embora não tenha fornecido números específicos, ele disse que vários pilotos e dezenas de mantenedores seriam treinados nos EUA.
O treinamento começará em outubro na Base Aérea da Guarda Nacional de Morris, em Tucson, Arizona, e será conduzido pela 162nd Wing da Guarda Aérea Nacional. Em setembro, os pilotos receberão pela primeira vez treinamento em inglês já formatado para o treinamento, na Base Aérea de Lackland, em San Antonio, Texas.
Os detalhes sobre o currículo, incluindo a velocidade e o tipo de treinamento que será oferecido, ainda são incertos, disse Ryder. Dependerão parcialmente do nível de experiência dos pilotos ucranianos.
A 162nd Wing realiza treinamento internacional de pilotos de F-16 e treinou pilotos de 25 países. A Base Aérea da Guarda Nacional de Morris anexa ao Aeroporto Internacional de Tucson, inclusive compartilhando algumas de suas instalações, como a pista.
A ala possui três esquadrões (148th FS, 152nd FS e 195th FS) que voam F-16C/D Fighting Falcons, bem como esquadrões de manutenção para manter os caças, que estão aptas a formar mecânicos e operadores de pista. A USAF espera que pilotos sem experiência anterior de voo poderiam aprender a pilotar o F-16 em cerca de oito meses, como parte do curso de qualificação básica padrão do F-16 USAF.
Os pilotos que têm experiência anterior em pilotar outros caças podem aprender a pilotar o F-16 em cerca de cinco meses no curso de qualificação de transição da USAF. No total, até 61 F-16 holandeses e dinamarqueses poderiam serem eventualmente transferidos para a Ucrânia. A Holanda tem 42 disponíveis e a Dinamarca 19 F-16.
Isto segue-se aos comentários no início da semana de que os EUA só participariam no processo se Holanda e a Dinamarca – que lideram a transferência de aviões – atingissem a capacidade de treinamento futura. Apesar da Ucrânia preferir o treinamento na Europa, o que deverá acontecer é que os EUA comecem a formar pilotos, concomitante com o treinamento na Dinamarca e Holanda.
Os militares dinamarqueses anunciaram em 20 de agosto que já começaram a treinar oito pilotos ucranianos para o F-16, como parte deste esforço, e que, outros 65 militares serão treinados para manter os caças e fornecer outro apoio. Esses ucranianos já chegaram à Base Aérea de Skrydstrup, na Dinamarca. O mesmo deve ocorrer na Holanda em setembro. Outros países da Europa, incluindo a Grécia e a Noruega, também contribuirão, seja treinando pilotos ou doando caças.
“Nossa coalizão F-16 está provando sua eficiência”, escreveu Zelenskyy no X, antigo Twitter, na segunda-feira. É claro que ainda ha a necessidade de aprovação do end user americano (feito pelo Congresso Americano) e que os F-16 fazem parte de um longo jogo para melhorar a autodefesa da Ucrânia. Estamos falando de meses, não de semanas, pois os aviões só estarão em serviço em 2024. Trata-se de apoio de longo prazo à Ucrânia e não uma solução para a guerra.
@CAS