Marinha do Brasil realizou operação inédita no Norte do País. A Marinha do Brasil realizou entre 07 e 10 de agosto a Operação “CAMEX Delta do Amazonas”, na qual um Grupo-Tarefa (GT) teve a missão de controlar a área marítima de uma zona restrita, próxima à foz do rio Amazonas, na região Norte do País. Realizada em proveito das ações de segurança da Cúpula da Amazônia, a “CAMEX” teve o objetivo de aprimorar a capacitação da Esquadra e das Forças do 4º Distrito Naval em prol da defesa da região.
Comandado pelo Chefe do Estado-Maior da Esquadra, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, o GT foi composto pelo Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, Fragata “Defensora” e por um Destacamento de Mergulhadores de Combate, pertencentes à Esquadra brasileira, sediada em Niterói (RJ); além do Navio de Apoio Oceânico “Iguatemi” e dos Navios-Patrulha “Bocaina” e “Guarujá”, integrantes do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte, sediado em Belém (PA). Três helicópteros embarcados no NAM “Atlântico” – um UH-15 Super Cougar (N-7108), um SH-16 Sea Hawk (N-3035) e um IH-6 Jet Ranger (N-5054) – equipadas com sensores especiais, como radar e câmeras de imagem térmica, também foram empregadas nas missões.
“O resultado alcançado na CAMEX conferirá maior efetividade ao controle da área marítima compreendida e maior segurança da navegação na região”, afirmou o Contra-Almirante Antonio Braz.
Em uma operação de Controle de Área Marítima, como a conduzida na foz do Amazonas, uma força naval executa ações de esclarecimento, localizando, identificando e acompanhando embarcações que estejam navegando em uma determinada região, de forma que um centro de comando e controle maior, a bordo ou em terra, tenha informações mais detalhadas sobre os contatos reportados. Assim, a autoridade naval responsável pode decidir as ações cabíveis para cada caso.
“Dessa forma, podemos compilar toda essa presença de meios no mar e, com isso, enviar as informações para o Centro de Operações da Esquadra (COE), que fica no Rio de Janeiro. Assim, demonstramos o pioneirismo dessa operação, que visa estabelecer um centro de controle em terra, que consegue controlar, efetivamente, os meios navais que estão atuando a milhares de quilômetros da posição atual, graças ao enlace de comunicações via satélite e outras plataformas de comunicação”, explicou o Capitão de Corveta Barcelos, Chefe de Operações do NAM “Atlântico”.
Ele também destacou que outro ponto importante dessa operação foi atuar no encontro da Amazônia Verde com a Amazônia Azul. “Essa interseção ocorre na foz do Rio Amazonas, visto que o curso desse rio deságua na porção norte do nosso litoral, que é uma região que permite grande penetração dos navios para o interior da Amazônia Verde. Vale ressaltar, portanto, que é uma área de grande importância estratégica para o Brasil, e que merece toda a nossa atenção”, disse.
O entorno da Foz do Rio Amazonas é uma área especial do ponto de vista da defesa, o que torna fundamental o seu controle estratégico para preservar as Linhas de Comunicação Fluviais da Bacia Hidrográfica Amazônica, e delas com o oceano Atlântico.
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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