RTX espera autorização para enviar novas armas a Ucrânia. A empresa recebeu US$ 2 bilhões em pedidos de reposição para o Governo da Ucrânia até agora e espera mais US$ 2,5 bilhões no próximo ano.
Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, o Pentágono tem promovido a transferências de armas de alto valor para o país europeu, devastado pela guerra. No entanto, a reposição de armas não tem tido repostas com a mesma velocidade, contingenciando valores.
“Se você pensar sobre esses US$ 30 bilhões em armas que fornecemos à Ucrânia, temos apenas US$ 2 bilhões sob contrato hoje”, disse o CEO da RTX, Greg Hayes, em uma entrevista em junho. Hayes ecoou esse sentimento durante uma teleconferência de resultados trimestrais na terça-feira 25/07, mas disse que espera cerca de US$ 2,5 bilhões em reposição de armas nos próximos 12 meses.
Os acordos são particularmente importantes, porque o Pentágono pressiona as empresas de defesa a expandir sua produção de munições não apenas para substituir o que foi dado à Ucrânia, mas para aumentar ainda mais os estoques dos EUA.
As armas fabricadas pela Raytheon costumam ser aclamadas como as que “fazem a diferença no campo de batalha”. Seu míssil IR FIM-92 Stinger e o míssil antitanque FGM-148 Javelin, que fabrica em conjunto com a Lockheed Martin, auxiliaram a Ucrânia a neutralizar a invasão russa inicial.
Mais recentemente, suas defesas aéreas NASAMS (National/Norwegian Advanced Surface to Air Missile System) — fabricado em conjunto com a Kongsberg e MIM-104 Patriot foram responsáveis por derrubar mísseis e drones russos.
Altos funcionários do Pentágono pressionaram os legisladores a aprovar acordos de armas de longo prazo — chamados contratos de aquisição plurianuais — como uma forma de reabastecer os estoques mais rapidamente, economizando o dinheiro dos contribuintes.
Como os contratos duram vários anos, eles incentivam a melhoria das instalações de fabricação e a compra de matérias-primas a granel. Os acordos não beneficiam apenas grandes empresas como a RTX, anteriormente chamada de Raytheon Technologies, mas também dezenas de empresas menores que fazem parte da elaborada cadeia de suprimentos.
“O benefício de um [contrato] de vários anos é que ele realmente estabiliza essa base industrial”, disse Wes Kremer, presidente da divisão Raytheon da RTX.
@CAS