USAF para restringir identificação e rastreamento das aeronaves em missões especiais. A USAF está lentamente implementando algumas medidas para dificultar a identificação externa e o rastreio pelos site de monitoração das suas aeronaves militares, principalmente em missões “sensíveis”. Estas ações fazem parte do aumento na segurança operacional que solicitado pelo Departamento de Defesa norte-americano (DoD).
Em março, as primeiras aeronaves de transporte tático e reabastecimento em voo do Comando de Mobilidade Aérea (AMC), foram notadas sem as marcas externas, como a identificação de Unidade, matrícula, insígnia ou cocar e, até mesmo, o nome da Força Aérea da fuselagem.
O motivo para essa discrição seria a movimentação sensível de cargas, de acordo com as informações de James Stewart, porta-voz do AMC. Por outro lado, documentos vazados alguns dias antes mostravam que o General Mike Minihan, Comandante do AMC, orientava os seus subordinados para um possível conflito com a China a partir de 2025 (saiba mais).
Recentemente, legisladores começaram a pressionar o Departamento de Defesa (DoD) para adotar mais medidas contra o rastreamento dos aviões militares norte-americanos através do transponders ADS-B. Representantes do Comitê de Serviços de Defesa do Senado, apresentaram um documento relativo à Lei de Defesa Nacional 2024, no qual expressam preocupações sobre a grande facilidade que aeronaves que transportam altos funcionários do governo podem ser rastreadas.
Por sua vez, o DoD confirmou a implementação de Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP) chamada “Joint/Interagency-Ground/Air Transponder Operational Risk Reduction” para mitigar as ameaças à segurança operacional representadas por terceiros rastreando suas aeronaves através de dados de código aberto transmitidos pelos transponders ADS-B. Esses TTP já foram testados e se mostraram eficazes, mas o DoD reconhece que essa prática não está sendo utilizada de forma consistente em voos sensíveis.
A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), em julho de 2019 permitiu que aeronaves do governo governamentais dos EUA realizem missões sensíveis com seus transponders ADS-B desligados.
Com a pressão do Congresso para o DoD tomar medidas adicionais de segurança, ficará mais difícil rastrear alguns voos militares dos EUA. Além disso, o USAF segue removendo as marcas e matrículas de algumas aeronaves, como já noticiamos anteriormente. Recentemente um C-32 (Boeing 757) da USAF pousou na Base Aérea de Yokota, no Japão, sem a matrícula aparente (fotos acima).
Outras medidas adicionais para “disfarçar as aeronaves militares” podem ser usadas, como configurar os transponders para que não fornecer automaticamente a geolocalização e outros dados, além de usar códigos hexadecimais – que identificam as aeronaves individualmente – falsos, como fez a tripulação de um RC-135W Rivet Joint da USAF em 2020 (saiba mais).
@FFO