Problema de software resulta em menor entregas de F-35 neste ano. Os problemas de software resultarão em uma redução de 53 jatos F-35A/B/C a menos para os militares dos Estados Unidos e seus aliados em 2023. Os atrasos custarão à Lockheed Martin cerca de US$ 7 milhões por jato, ou seja, mais de US$ 371 milhões.
A Lockheed Martin disse que luta para certificar o software que vem pré-carregado nos novos jatos. Sem uma solução imediata, a empresa agora espera entregar entre 100 a 120 F-35 neste ano, abaixo dos 147 a 153 planejados, disse o CEO Jim Taiclet na teleconferência trimestral da empresa, realizada na terça-feira (11/7).
A Lockheed entregou 50 jatos F-35 nos primeiros seis meses de 2023, todos com o software conhecido como Technology Refresh 2 (TR-2). As aeronaves subsequentes já devem incluir o novo hardware e software — Technology Refresh 3 (TR-3) – que promete de 20 a 25 vezes mais capacidade de processamento, memória e uma nova tela panorâmica do cockpit tipo WAD (Wide Area Display).
Mas a empresa não conseguiu fazer o novo sistema funcionar de forma confiável e, em junho, levando o Pentágono a parar de aceitar novos jatos até uma solução. “O Pentágono não voltará a aceitar os jatos até que eles possam executar pelo menos o atual software TR-2″, disse um porta-voz do escritório do programa conjunto F-35 na semana passada.
Na teleconferência, Taiclet atribuiu as entregas reduzidas à “maturação, aceitação e certificação de software relacionadas ao TR-3 e tempo de entrega de hardware. Nossa equipe continua totalmente dedicada a entregar a primeira aeronave TR-3 em 2023”, disse ele.
Em abril, os executivos da Lockheed previram que os problemas de software reduziriam as entregas dos F-35 2023, mas não disseram quantos menos seriam entregues. Este dado foi confirmado no dia 11/07. Outro dado é que a empresa ainda planeja entregar 156 aeronaves em 2025 e nos próximos anos. “A cadeia de suprimentos e o sistema de produção continuam a funcionar a uma taxa para apoiar essas metas de entrega do ano futuro”, disse a empresa.
Colocar as entregas de volta nos trilhos continua sendo o foco dos executivos da Lockheed Martin, que apesar dos problemas, vê a carta encomendas do F-35 crescer, como a recente venda para a República Tcheca. “Nós e nossos fornecedores estamos aplicando todos os recursos necessários para isso. É uma prioridade máxima para nossa empresa e para algumas outras também”, disse Taiclet. “Estamos fazendo turnos extras. E estamos implantando especialistas no assunto em outras empresas para garantir que isso continue no caminho certo.”
Apesar de entregar menos aviões, a empresa continua a construir aviões, mesmo que não possa entregá-los. “Todo o sistema de produção, especialmente as peças de longo prazo, estão seguindo a cadeia de suprimentos”, disse Taiclet.
@CAS