Pilotos ucranianos começarão o treinamento no F-16 em agosto. Os pilotos de caça ucranianos começarão em breve a treinar no caça Lockheed Martin F-16, segundo um acordo anunciado na cúpula da OTAN na Lituânia no dia 11 de julho. É o desfecho de um anseio da Ucrânia, que vem se arrastando desde o início da Guerra em 2022 – ter caças ocidentais!
Organizado pela chamada “coalizão de caças” de 11 países da OTAN que apoiam a Ucrânia em sua guerra contra a invasão russa, o pacto terá pilotos da Dinamarca (Royal Danish Air Force – RDAF) e da Holanda (Royal Netherlands Air Force – RNLAF) liderando as instruções dos ucranianos já a partir de agosto. A coalizão inclui Bélgica, Canadá, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido e a aspirante a membro, a Suécia, conforme o ministério da defesa dinamarquês. Notavelmente, os EUA não foram listados como membros da coalizão de combatentes, apesar de um pedido direto de Kiev para se juntar ao grupo. Talvez, para evitar provocar diretamente a Rússia.
A Informação, dada pela conta BabakTaghvaee do Twitter, diz que seriam 45 F-16AM/BM vindos da Dinamarca e da Holanda. Ainda conforme o Taghvaee, um terceiro lote pode estar envolvido neste negócio, vindo da Bélgica. As aeronaves belgas, no entanto, teriam que revisadas e atualizadas antes de serem enviados para a Ucrânia, o que denota que este lote ficaria para um segundo envio, talvez em 2024, uma vez que o país ainda não recebeu seus F-35A.
O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, confirmou o novo acordo em 11 de julho, elogiando o rápido desenvolvimento do processo.
“Os F-16 protegerão os céus da Ucrânia e o flanco oriental da OTAN”, tuitou Reznikov. “A força aérea ucraniana está preparada para dominá-los o mais rápido possível”.
O ministro da defesa elogiou especificamente a “liderança notável” da Dinamarca e da Holanda na organização da coalizão de combatentes. Reznikov diz que pilotos, técnicos e pessoal de apoio participarão do programa. “O objetivo do esforço de treinamento é que a força aérea ucraniana tenha as habilidades básicas e os pré-requisitos para voar, atender e manter aeronaves F-16”, diz o ministério da defesa dinamarquês.
O treinamento inicial para o pessoal ucraniano será realizado na Dinamarca, enquanto um local de longo prazo será estabelecido na Romênia. A força aérea ucraniana atualmente opera aeronaves de combate da era soviética, ou seja, o MiG-29, Su-24, Su-25 e Su-27. Kiev busca a transferência de combatentes ocidentais para aumentar suas capacidades e repor as perdas da guerra de quase 18 meses. Avaliações da inteligência americana vazadas no início deste ano estimam que a Ucrânia havia perdido 60 aeronaves de asa fixa até fevereiro — um número igual a 53% da frota de caças do país antes da guerra.
Os EUA resistiram por meses a pedidos para fornecer aviões de caça à Ucrânia, citando preocupações sobre provocar a Rússia e a capacidade da força aérea ucraniana de manter jatos avançados como o F-16. Como produto de um fabricante americano, o governo dos EUA mantém a aprovação de qualquer venda do F-16 para clientes no exterior e a transferência de aeronaves existentes para terceiros.
Embora o governo Biden não tenha se comprometido a fornecer diretamente os F-16 para a Ucrânia, Washington sinalizou abertura para permitir que os governos europeus transfiram seus jatos para Kiev. Na cúpula do G7 em maio, o governo Biden revelou uma mudança de pensamento, com autoridades dizendo que Washington agora estava aberto a permitir tais transferências. A Informação, dada pela conta BabakTaghvaee do Twitter, diz que seriam 45 F-16AM/BM vindos da Dinamarca e da Holanda. Ainda conforme o Taghvaee, um terceiro lote pode estar envolvido neste negócio, vindo da Bélgica.
“O apoio evoluiu ao longo do tempo, à medida que a guerra evoluiu”, disse o coordenador de comunicações do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby.
“Estamos convidando os Estados Unidos a se tornarem o participante mais importante da coalizão. Os Estados Unidos podem mais uma vez demonstrar sua liderança fornecendo à Ucrânia aeronaves F-15 ou F-16”, disse Shmyhal.
@CAS