Boeing T-7A faz voo inaugural comandado por piloto da USAF. A USAF e a Boeing anunciaram o início dos voos de testes do programa T-7A Red Hawk. O primeiro voo ocorreu ontem (28/06) em Saint Louis, Missouri, sob o comando de um piloto da USAF, marcando também o início da fase de desenvolvimento de engenharia e fabricação (EMD) do Programa.
Sob o comando do Major Bryce Turner, do 416º Esquadrão de Testes da USAF, e de Steve Schmidt, Piloto-Chefe de Testes do Boeing T-7, o voo de 1h03min serviu para validar os principais aspectos da aeronave e demonstrar a agilidade deste primeiro treinador da USAF totalmente projetado, construído e testado digitalmente.
O voo ocorreu na aeronave matrícula 21-7002, o primeiro dos cinco aviões EMD que a Boeing fornecerá para apoiar o programa de testes T-7A da USAF. A sueca Saab é parceira no programa e produz grande parte da seção intermediária e da cauda do treinador.
“O desempenho estável e seu avançado cockpit são sistemas revolucionários para os alunos pilotos e instrutores de voo da USAF. Percorremos um longo caminho no treinamento desde os que os meus familiares voaram”, disse o Major Turner, cujo avô e pai foram pilotos de caça da USAF.
Para participar da competição TX que venceu, a Boeing construiu dois protótipos de pré-produção T-7A (chamados T-1 e T-2). Desde então eles acumularam centenas de horas de voos de testes nesses dois protótipos, com o objetivo de certificar os aspectos do projeto desenhado no computador. Embora o então Chefe do Comando de Combate Aéreo da USAF, General da Reserva Mike Holmes, tenha voado um desses protótipos, não foi um voo de teste oficial, tendo em vista que essas aeronaves diferem do modelo final que voou ontem.
“Este primeiro voo com a USAF representa o compromisso da nossa equipe em oferecer um novo nível de segurança e treinamento para pilotos de caça e bombardeiros. Continuamos focados em criar maneiras de preparar melhor os combatentes para as mudanças nas demandas das missões e ameaças emergentes”, disse Evelyn Moore, Vice-Presidente e Gerente do Programa T-7 da Boeing T-7.
De acordo com a Boeing, o T-7A irá aprimorar o treinamento dos pilotos militares por meio de:
Prontidão: novo sistema avançado de treinamento usa simuladores de alta resolução com recursos virtuais integrados, construtivos e realistas;
Segurança: engenharia baseada em modelagem permitiu testes em todas as fases do projeto e construção da aeronave, garantindo a segurança antes do primeiro voo. O sistema de escape do cockpit do T-7A é o mais seguro de qualquer treinador;
Flexibilidade: com software de arquitetura aberta e controles fly-by-wire digitais, o T-7A fornecerá treinamento para uma ampla variedade de pilotos de caça e bombardeiro, evoluindo conforme o avanço das tecnologias, ameaças e necessidades.
O T-7A passou de conceito para o primeiro voo de testes em apenas 36 meses. Uma combinação de engenharia baseada em modelagem, design 3D e processos de manufatura avançada aumentou a qualidade inicial e reduziu cerca de 80% das horas necessárias para e montagem.
O início oficial dos testes foi adiado vários meses, para que os engenheiros da USAF e da Boeing acertassem o sistema de escape da aeronave, depois que testes de ejeção com manequins, indicaram grande estresse na cabeça e pescoço.
A USAF espera adquirir 351 jatos T-7A para substituir os envelhecidos T-38 Talon, muitos dos quais têm mais de 60 anos e precisarão de uma extensão de vida devido a atrasos no programa T-7, que já ultrapassam dois anos.
@FFO