Zelensky volta a pedir os F-16 para proteger a Ucrânia. Em meio a esquisita crise da Rússia com os mercenários do Grupo Wagner, o presidente ucraniano voltou a proferir seu apelo pela liberação dos Lockheed Martin F-16AM/BM. Seu apelo incluiu um discurso de união das defesas aéreas europeias contra um inimigo comum, em uma clara tentativa de se beneficiar da recente instabilidade político-militar da Rússia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, continuou seu apelo ao ocidente para este forneça os caças F-16 e equipamentos de defesa aérea após a rebelião travada pelo grupo mercenário Wagner e o exército russo em 24 de junho. A crise que durou 24h e não ficou bem esclarecida, tendo um perdão inacreditável de Putin, alertou a Europa para o descontrole de tropas em meio a guerras com toda a características de um guerrilha.
“Soldados ucranianos, canhões ucranianos, tanques ucranianos, mísseis ucranianos são tudo o que protege a Europa das marchas que vimos hoje em território russo. E quando pedimos para nos dar os caças F-16, estamos pedindo para aprimorarmos as nossas defesas comuns. Defesa de verdade. Isto é o que é necessário. Agora é a hora de fornecer todas as armas necessárias para a defesa”, afirmou Zelenskyy depois que começaram a circular relatos de que Wagner marchava em direção à capital russa.
O Grupo Wagner visou desafiar o estado russo devido às suas omada de decisões militares ruins na condução da guerra na Ucrânia. O grupo mercenário ultrapassou Rostov-on-Don, uma importante cidade estratégica da Rússia perto da fronteira com a Ucrânia, onde está situada a base de comando central da Rússia. O incidente, que não está totalmente claro, mostrou que Putin não tem 100% de controle de suas tropas e das ações de guerra.
Em uma tentativa de neutralizar a rebelião, o vice-comandante russo do grupo conjunto de forças e General Sergei Surovikin, apelou aos soldados de Wagner para parar e “obedecer à vontade e ordem do presidente da Federação Russa”. O que soou como um ato de desespero de um comandante que não tem o comando.
“Faço um apelo às lideranças, aos comandantes e combatentes do PMC Wagner. Com vocês, passamos por um caminho difícil, lutamos juntos, corremos riscos, sofremos perdas”, suplicou Surovikin.
Antes da rebelião, em 22 de junho, o tema da doação de caças F-16 para a Ucrânia surgiu em uma coletiva de imprensa do Departamento de Defesa dos EUA (DoD) no dia 22 de junho.
“A Holanda e a Dinamarca estão na liderança em termos de desenvolvimento do programa de treinamento para pilotos ucranianos de F-16. Recebemos um pedido da Dinamarca para apoiar o treinamento do F-16, o que seria esperado. Isso está atualmente em revisão. O que prevemos daqui para frente é que, antes do final do ano, obviamente, o treinamento do F-16 começará em algum lugar da Europa. Os Estados Unidos trabalharão em estreita colaboração com nossos aliados para implementar esse treinamento, mas, novamente, os holandeses e os dinamarqueses estão na liderança”, afirmou o secretário de imprensa do DoD, brigadeiro-general Pat Ryder.
A novela se arrasta desde o início do ano e várias previsões, algumas só para o ano que vem, do início do treinamento vinham sendo lançadas no ar. O fato é que parece que o treinamento só deva começar no fim do ano, devendo durar ao menos de seis a oito meses. Vencida a burocracia de transferência das aeronaves, os F-16AM/BM ucranianos só devam chegar mesmo no fim de 2024, talvez em 2025.
@CAS