Problemas com software atrasam entregas de novos F-16V para Taiwan
Problemas com software atrasam entregas de novos F-16V para Taiwan. Problemas relacionados com software estão atrasando a entrega dos 66 novos caças F-16V “Viper” para a Força Aérea de Taiwan, ou Força Aérea da República da China (ROCAF ). O Ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, disse que o país espera receber os jatos até 2026.
No início desse mês, Chiu informou que a entrega dos 66 novos caças F-16 Viper estava sendo afetada por interrupções na cadeia de suprimentos. Mais recentemente, o político explicou que o problema estava relacionado com o fornecimento do software de controle de voo, e que eles estavam trabalhando para resolver isso com os Estados Unidos. Ele disse que estava preocupado com o atraso, mas que os contatos com os Estados Unidos sobre o assunto o tranquilizam.
“Em princípio, até 2026, todas as 66 aeronaves chegarão ao nosso país, e não há absolutamente nenhum problema com isso”, disse ele Chui em uma entrevista na saída do parlamento na semana passada.
O MD de Taiwan disse que o processo de desenvolvimento do software havia sido temporariamente paralisado, mas que a Lockheed Martin, fabricante dos F-16V, estava trabalhando em dois protótipos do caça, sendo um deles destinados ao Bahrein.
Em comunicado enviado por e-mail à Reuters, a Lockheed Martin disse que “está trabalhando em estreita colaboração com o governo dos EUA para enfrentar os desafios em apoio aos objetivos de cooperação de segurança dos EUA”.
Recentemente Taiwan concluiu a conversão de 141 antigos caças F-16A/B para a versão “Viper”, além de encomendar 66 novos F-16V. Eles são equipados com aviônicos avançados, armas e sistemas de radar atualizados para para enfrentar as modernas ameaças da Força Aérea Chinesa, incluindo os caças furtivos J- 20.
A assinatura do contrato com a Lockheed Martin, envolvendo essas 66 novas aeronaves, foi assinado em 2019 por um valor aproximado de US$ 8 bilhões. Com esse pedido, a frota de F-16 da ROCAF subirá para mais de 200 unidades, a maior da Ásia. Essa ação é uma forma do governo de Taiwan fortalecer suas defesas diante de uma ameaça crescente da China.
Há algum tempo, Taiwan vem reclamando de atrasos nas entregas de armas dos EUA, como mísseis antiaéreos Stinger, já que os fabricantes norte-americanos estão trabalhando para suprir as necessidades da Ucrânia que luta contra a invasão russa.
Essa situação procupa alguns políticos dos EUA, como o congressista Michael McCaul, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. Em recente visita a Taipei, no mês passado, McCaul disse que estava fazendo todo o possível para acelerar as entregas de armas para a Ilha.
Fonte: Reuters
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