Embraer e África do Sul negociam acordo na indústria aeronáutica. A ministra da Defesa sul-africana, Thandi Modise, informou que o governo deverá anunciar uma parceria com a Embraer para a produção de componentes aeronáuticos e manutenção de aviação na África do Sul. A informação fez parte do seu discurso no Parlamento, sobre o orçamento para sua pasta.
“Esperamos que em breve possamos anunciar, publicamente uma parceria com a brasileira Embraer para fabricar e reparar aeronaves na África do Sul. Seria um impulso para a nossa indústria de defesa”, disse Modise em seu discurso realizado no último dia 25 de maio.
Isso ocorre poucos dias depois que o Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, disse ao Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Senado brasileiro. Conforme noticiamos em 06 de maio, o Comandante da FAB disse que o Brasil está negociando a venda dos aviões de transporte tático Embraer KC-390 Millennium com pelo menos oito países, entre eles a África do Sul.
No início deste ano, a Força Aérea Sul-Africana (SAAF) recebeu um orçamento adicional de aproximadamente R1 bilhão de Rands para investir na capacitação da sua frota de transporte pesado. O valor será utilizado na manutenção e modernização dos seus seis Hércules C-130BZ ativos. Originalmente a SAAF tinha nove Hércules, sendo que dois foram perdidos em acidentes e um foi canibalizado para fornecer peças aos restantes.
A localização geográfica do país força que a SAAF tenha uma disponibilidade de transporte maior que a frota atualmente composta. Desta forma, o Comando da SAAF anualmente gasta parte do seu orçamento no fretamento aeronaves de transporte para rotacionar as tropas e equipamentos da República Democrática do Congo e de Moçambique, além de outras operações regionais e internacionais.
“A capacitação da nossa frota de transporte está no centro da nossa atenção. Além disso, fala-se muito sobre a ampliação da capacidade. Não é uma surpresa esse investimento no transporte, uma vez que a nossa localização geográfica não é uma posição estratégica, e isso não pode ser mudado. Precisamos ter pernas muito fortes para nos conectar com o resto do continente e do mundo”, disse o Comandante da SAAF, Tenente-General Wiseman Mbambo, em um discurso no início deste ano.
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