Pentágono faz reengenharia logística devido à falta de componentes aeronáuticos. Vários contratos do Departamento de Defesa dos EUA (US DoD) foram concedidos ao longo da semana passada para minimizar o problema de “diminuição das fontes de fabricação” de determinados componentes, que prejudica a operacionalidade.
Isso se refere diretamente a situações em que certas peças ou componentes usados não são mais produzidos por seus fabricantes originais, ou estão se tornando mais difíceis de obter. Isto gera impacto direto no dia a dia das unidades aéreas.
A questão do fornecimento refere-se a componentes necessários para várias aeronaves, desde o F-35 Lightning II até o P-8A Poseidon, passando por vários UAV. Esse problema é preocupante, porque pode colocar em risco o suporte do ciclo de vida e a viabilidade dos equipamentos e recursos de aviação do US DoD.
Os contratos recentes buscam encontrar formas de entregar peças apesar da falta dos componentes apropriados. Ao olharmos os contratos, vemos que o US DoD está contratando os fabricantes de equipamentos originais (OEM) para realizar serviços de engenharia não recorrentes, no caso dos contratos do F-35 e P-8A. Mas alguns contratos chegam a mostrar como os OEM estão redesenhando totalmente as aeronaves, no caso dos UAV MQ-4C Triton e do RQ-4 Global Hawk.
Os contratos F-35 e P-8A foram concedidos à Lockheed Martin por US$ 7 bilhões e à Boeing por US$ 12 milhões, respectivamente, em 28 de abril de 2023. A Northrop Grumman recebeu o contrato Global Hawk de US$ 158 milhões em 26 de abril e o contrato Triton de US$ 16,5 milhões em 1 de maio.
Não está claro que tipo de componentes estão faltando. Se é devido à obsolescência de componentes específicos ou à indisponibilidade de componentes nas cadeias de suprimentos domésticas. A Boeing pode fechar a linha de produção do P-8 em 2025 se não conseguir novos pedidos. Portanto, os fornecedores existentes com contratos válidos até 2021/22 podem não renovar seus contratos, pois será simplesmente inviável para eles produzir peças e componentes específicos para o programa em pequenas quantidades. Isso pode forçar os OEM, como a Boeing, a procurar outros fornecedores e incorporar pequenas alterações de design para acomodar as novas peças/componentes. Este é provavelmente o caso do P-8A.
@CAS