Porta-aviões chinês Shandong inicia seu primeiro exercício em alto-mar. O porta-aviões Shandong (17) da Marinha do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLAN) iniciou seu primeiro exercício no Pacífico Ocidental. Na quarta-feira (05/04) ele foi avistado passando pelo Canal de Bashi, a sudeste da ilha de Taiwan, seguindo para o seu primeiro exercício naquela região do Pacífico.
O sistema de defesa de Taiwan detectou a flotilha chinesa, liderada pelo Shandong, cruzando o canal de Bashi, seguindo para o Pacífico Ocidental, informou a mídia taiwanesa. Esta é uma demonstração de que o Shandong (17), segundo porta-aviões da PLAN, está totalmente operacional, afirmaram especialistas militares chineses ao Global Times.
O Shandong alcançou sua capacidade operacional inicial dentro do cronograma esperado. No final do ano passado, os dois porta-aviões da PLAN – Liaoning (16) e Shandong (17) – realizaram exercícios em alto mar (detalhes aqui). Atualmente o Liaoning passa por manutenção programada.
“É um desenvolvimento normal que os grupos de porta-aviões chineses, incluindo o Shandong, conduzam exercícios além da cadeia de ilhas, porque somente em alto-mar as vantagens do grupo de porta-aviões podem ser totalmente testadas” disse Zhang Xuefeng, um especialista militar do continente chinês, ouvido pelo Global Times.
Os grupos de porta-aviões devem treinar em locais onde as possíveis batalhas poderão acontecer, para que os tripulantes possam se familiarizar com o ambiente e aprimorar as capacidades de combate, afirmou Zhang.
As águas do Pacífico Ocidental, a leste de Taiwan e ao sul do Japão, tem importância estrategicamente vital para a China, em caso de um conflito com forças estrangeiras na questão da ilha. Por esse motivo, a PLAN tem enviado seus porta-aviões para realizar exercícios nesta região.
As manobras do Shandong ocorrem em um momento de alta tensão regional, quando a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, se encontrou com o presidente do congresso americano, Kevin McCarthy, durante uma visita aos Estados Unidos. O encontro é visto como extremamente provocativo, e Pequim promete “defender resolutamente sua soberania e integridade territorial.”
A partir de esse novo encontro entre os líderes de Taiwan e dos EUA, espera-se que as Forças Armadas da China ampliem ainda mais seus exercícios no entorno da Ilha, em uma manobra vista por especialistas como uma ação visando uma futura retomada e incorporação territorial.
Fonte: Global Times.
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