China expulsa duas vezes um destroier da US Navy das suas águas territoriais

China expulsa duas vezes um destroier da US Navy das suas águas territoriais. Pelo segundo dia consecutivo, o Exército de Libertação Popular da China (PLA) “expulsou” um navio de guerra dos EUA das águas territoriais chinesas ao largo das Ilhas Xisha, no Mar da China Meridional. O Coronel Tan Kefei, porta-voz do Ministério de Assuntos Nacionais da China, disse na sexta-feira (24/03) que era o segundo evento similar envolvendo o destroier USS Milius da US Navy.

O Comando Militar do Sul do PLA rastreou, monitorou e alertou o navio de guerra dos EUA de acordo com as leis internacionais, afirmou o Coronel Tan. A ação militar dos EUA violou seriamente a soberania e a segurança da China, infringindo gravemente o direito internacional. Esta é mais uma prova inequívoca da hegemonia de navegação dos EUA e do aumento da “militarização” no Mar da China Meridional, disse o porta-voz.

“Exigimos severamente que os EUA pare imediatamente com esse tipo de ação provocativa, ou arcará com as graves consequências”, disse Tan, observando que o PLA tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente a soberania e a segurança nacional e firmemente manter a paz e a estabilidade regional.

O incidente marca o segundo dia consecutivo em que o navio da Marinha dos EUA foi expulso das águas chinesas no Mar da China Meridional. Especialistas locais disseram que o PLA deve permanecer em alta vigilância, chamando a ação dos EUA de uma provocação intensificada.

Na quinta-feira (23/03), o mesmo USS Milius foi alertado pelas Marinha e Força Aérea do PLA quando fez uma incursão ilegal nas águas territoriais ao largo das Ilhas Xisha, disse o Coronel Sênior Tian Junli, porta-voz do Comando Militar do Sul do PLA, em um comunicado à imprensa.

É raro um navio de guerra dos EUA invadir a mesma região das águas territoriais chinesas duas vezes em um curto período de tempo, disse um especialista militar chinês que pediu anonimato ao Global Times. Esta é uma provocação intensificada dos EUA, que tenta negar à China sua soberania e provocar problemas no Mar da China Meridional, disse o especialista.

Como um país de fora, os EUA não desejam que os países da região do Mar da China Meridional negociem, já que as tensões na região beneficiam o plano dos EUA de conter a China, mas prejudicam os interesses de todos os outros países, disseram analistas.

O especialista militar chinês, Song Zhongping, também alertou sobre as ameaças dos EUA do ponto de vista tático. Ele disse ao Global Times que a tentativa de reconhecimento aproximado dos EUA poderia ser uma preparação dos militares dos EUA para um possível conflito futuro, no que o PLA também deve estar preparado.

As Filipinas concordaram em disponibilizar quatro bases militares adicionais para uso dos EUA, o que pode levar ao aumento das atividades de reconhecimento dos EUA na China, contra as quais o PLA deve tomar contramedidas correspondentes, disse Song.