Cubanos fogem para os EUA com um ultraleve. Dois pilotos cubanos escaparam da ilha comunista no final de semana, voando para a Florida, nos Estados Unidos, com um ultraleve Trike utilizado em serviços turísticos nas praias próximas de Havana. A dupla partiu do bairro residencial de Tararal às 08h05 da manhã de sábado (25/03), para um voo de quase duas horas até o Aeroporto de Key West, distante 145 quilômetros.
Imediatamente após o pouso, os dois cubanos foram detidos e colocados sob custódia da patrulha de fronteira dos Estados Unidos. A partir de agora eles enfrentarão o processo dea deportação, de acordo com relatos da mídia americana.
Um comunicado divulgado pelo Clube de Aviação de Cuba, empresa estatal proprietária da aeronave, denunciou o “roubo” e a “violação do espaço aéreo cubano” por parte dos pilotos “desertores”, repassando para “autoridades internacionais competentes o seu desacordo com atos como estes”, pedindo a aplicação de “punição adequada à gravidade do caso” e a “devolução do equipamento roubado”.
A fuga aérea mais recente da ilha ocorreu em outubro de 2022, quando um piloto cubano voou um biplano Antonov An-2 da província central de Sancti Spiritus para o Aeroporto de Treinamento e Transição Dade-Collier, no sul da Flórida. Após ser levado em custódia, ele recebeu asilo nos EUA.
Em 20 de setembro de 1993, um piloto militar da Força Aérea Cubana desertou para os Estados Unidos com seu MIG-21, pousando na Estação Aérea Naval de Key West, da US Navy, na Flórida.
Durante o ano fiscal de 2022 (de 1º/10/2021 à 30/09/2022), 6.182 migrantes cubanos foram interceptados nas águas do Estreito da Flórida, um aumento substancial em relação aos 838 migrantes cubanos detidos nessa zona durante o ano fiscal anterior. Além disso, outros 224.607 migrantes da ilha comunista chegaram durante o mesmo período à fronteira dos Estados Unidos com o México, segundo dados compilados pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.
Desde o início do atual ano fiscal, em outubro passado, 5.862 migrantes cubanos ilegais foram interceptados pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Desde janeiro deste ano, Washington mantém um programa humanitário que permite aos beneficiários entrar e trabalhar nos Estados Unidos por dois anos, desde que tenham um patrocinador que assuma a responsabilidade econômica por eles. Até 30.000 pessoas da Venezuela, Haiti, Cuba e Nicarágua podem se beneficiar deste programa mensalmente. Mais de 10.000 cubanos aproveitaram este programa até agora, de acordo com a Embaixada dos Estados Unidos em Cuba.
Simultaneamente, Washington está expulsando para o México migrantes ilegais desses países que tentam cruzar ilegalmente a fronteira sul dos Estados Unidos. O México, por sua vez, concordou em receber 30.000 migrantes por mês depois que eles são expulsos do território norte-americano.
@FFO