Virgin Orbit demite quase todos funcionários e suspende temporariamente as operações. A empresa britânica Virgin Orbit, especializada em lançamentos espaciais, suspendeu temporariamente suas atividades e demitiu quase todos seus funcionários. De acordo com a CNBC, a empresa do bilionário Richard Branson, busca financiamento externo para continuar suas operações.
Citando fontes familiarizadas com o assunto, a reportagem da CNBC observou que apenas uma pequena equipe continuará trabalhando. Mais detalhes serão conhecidos ao longo dos próximos dias.
Fundada em 2017, a Virgin Orbit desenvolveu um sistema bem sucedido de lançamentos de pequenos satélites para órbita a partir de um foguete chamado “LauncherOne”, transportado e liberado em voo por um Boeing 747. Seu primeiro lançamento ocorreu em janeiro de 2021.
A suspensão das atividades da empresa chega algumas semanas depois de uma fracassada missão ocorrida em 09 de janeiro deste ano. Neste dia, a Virgin Orbit deveria realizar o primeiro – e histórico – lançamento espacial a partir do Reino Unido. Porém, uma pane no LauncherOne minutos após o lançamento, causou sua desintegração e da carga de satélites, causando grande constrangimento para a empresa (detalhes aqui). Uma investigação está em andamento para apurar as causas da falha.
A Virgin Orbit possui um Boeing 747-400 altamente modificado para as missões de lançamento do LaucherOne. A aeronave, matrícula N744VG, batizada de “Cosmic Girl”, foi adquirida da companhia aérea Virgin Atlantic, pertencente ao grupo de Branson. Em maio do ano passado, a empresa anunciou a intenção de adquirir mais dois 747, projeto que possivelmente está suspenso também (detalhes aqui).
Em junho de 2022, A Virgin Orbit e a Agência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram a concessão da licença operacional da Virgin Orbit Brasil Ltda (VOBRA), uma subsidiária do grupo, criada para operações do LauncherOne a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão (detalhes aqui). Certamente essa atual situação da empresa britânica afetará diretamente as futuras operações no Brasil.
@FFO