USAF quer aposentar 310 aeronaves no ano fiscal de 2024. A USAF quer aposentar 310 aeronaves, para poder liberar fundos no seu orçamento para investir em seus programas de modernização. Isto inclui retirar aeronaves como A-10, F-15, F-22, E-3, B-1, J-1 e helicópteros HH-60G, todos saindo do inventários já em 2024. É parte de um plano maior que se estenderá até o final desta década.
O plano da USAF de aposentar 310 aeronaves em 2024 é muito maior do que as 150 retiradas recomendadas no FY23, embora o Congresso tenha aprovado apenas 115 delas. Se os legisladores aprovarem todas, ou mesmo a maioria, dessas novas aposentadorias, isso representaria um passo significativo no esforço da Força Aérea de eliminar as aeronaves mais antigas e desatualizadas de sua frota. Mas também, revela uma redução no fôlego orçamentário de renovação, que está obrigando a USAF a trocar aeronaves por orçamento.
Se aprovada, a aposentadoria proposta de 310 aeronaves, o que irá sair do inventário em 2024?
Estão na lista 42 Republic A-10C, que somados a 21 Warthogs programados para este ano, deixaria o serviço com 218 aeronaves de ataque. A Força Aérea tentou durante anos aposentar o Warthog, argumentando que seria muito vulnerável contra um inimigo com defesas aéreas avançadas. A ideai seria usar o dinheiro para pagar por caças mais novos. O Até agora, o Congresso bloqueou todas as tentativas da USAF de aposentar o A-10. Porém, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General CQ Brown, disse em 7 de março que o serviço deseja que todos os A-10 sejam aposentados até 2029. Até recentemente, o Congresso bloqueou as tentativas da Força Aérea de aposentar o A-10.
A USAF vai retirar 57 caças F-15 C/D. Alguns desses Eagle têm 4 décadas e estão chegando ao fim de suas vidas úteis. a ideia é trocar eles por novos F-35A e F-15EX. A Força Aérea está retirando dezenas de F-15 mais antigos da Base Aérea de Kadena, no Japão, e os substituindo-os por caças rotativos, como os F-22. NA verdade, a USAF quer aposentar toda a sua frota de F-15C/Ds até 2025 e reduzir frota de F-15E para 99 unidades até 2028.
Sobre o F-22, a Força Aérea está tentando novamente aposentar 32 caças Block 20 do Raptor, que não são aptos para combate e agora estão sendo usados principalmente para treinamento. No ano passado, o Congresso bloqueou a primeira tentativa de aposentar 32 desses F-22.
Outra aeronave na mira da USAF, é o Boeing E-3 Sentry (AWACS), cuja a sugestão é aposentar 13 unidades em 2023. O Congresso impôs condições a essas aposentadorias, exigindo que o serviço produzisse um relatório sobre sua estratégia de aquisição dos Boeing E-7. A Força Aérea acredita ter cumprido os requisitos para a aposentadorias dos 13 AWACS este ano, o que traria sua frota total para 18 unidades. A proposta para 2024 é aposentar mais dois E-3, deixando a frota com 16. A USAF planeja substituir o seu principal AWACS por uma frota de 26 E-7 até 2032. O serviço concedeu à Boeing um contrato em 28 de fevereiro para começar a trabalhar no primeiro protótipo de um E-7 americano.
O orçamento também propõe adicionar US$ 254 milhões para continuar o trabalho de prototipagem rápida no Boeing E-7A, definido para substituir o antigo sistema de alerta aéreo e sistema de controle E-3 Sentry, o que elevaria seu financiamento do FY24 para US$ 681 milhões.
O orçamento prevê a retirada dos últimos 24 KC-10 Extender e os últimos 48 Block 1 MQ-9 Reapers. Ela também vai aposentar os três últimos E-8 JSTARS; 37 helicópteros Sikorsky HH-60G Pave Hawk — que estão sendo substituídos por helicópteros HH-60W Jolly Green II e 52 jatos de treinamento bimotor T-1 Jayhawk, além de um bombardeiro B-1B Lancer que sofreu um incêndio no motor em abril de 2022. Isso vai deixar a frota com 44 B-1B. A USAF cogita retirar toda a frota de B-1 no início da década de 2030. Por fim, 12 C-130H também serão desativados.
Orçamento FY24
O orçamento proposto para o FY24 prevê a compra de 72 caças, sendo 48 Lockheed Martin F-35A e 24 Boeing F-15EX Eagle II, além de aumentar os gastos no bombardeiro furtivo Northrop Grumman B-21 Raider para US$ 673 milhões em 2024. Isto levaria seu financiamento de compras para mais de US$ 2,3 bilhões para a produção inicial de baixa intensidade. No cado do F-15EX eram previstos um total de 144, mas a USAF considerava reduzir para 80, e hoje, fala em 104.
A Força Aérea também planeja comprar sete helicópteros MH-139 Gray Wolf, dois a mais do que em 2023, e uma aeronave E-11 que pode realizar a missão Battlefield Airborne Communications Node (BACN). Outros 15 Boeing KC-46A Pegasus estão programados para em 2024, o mesmo número de 2023.
A USAF também quer aumentar o orçamento do NGAD (Next Generation Air Dominance) em US$ 276 milhões em 2024 para amadurecimento da tecnologia e redução de riscos daquele que deve substituir o F-22. Esse crescimento elevaria seu financiamento total de pesquisa e desenvolvimento para mais de US$ 1,9 bilhão.
O Departamento da Força Aérea está solicitando US$ 215,1 bilhões em 2024, ou US$ 9,3 bilhões a mais (+4,5%) que o valor aprovado para o ano fiscal de 2023. Isso inclui um orçamento proposto de US$ 185,1 bilhões para a própria USAF com US$ 5,4 bilhões acima do recebido no FY23 e US$ 30 bilhões para a Força Espacial, um aumento de US$ 3,9 bilhões em relação a 2023. Quase US$ 5 bilhões desse crescimento total do orçamento de US$ 9,3 bilhões, irão para gastos com pesquisa, teste de desenvolvimento e avaliação, elevando o financiamento dessa seção para US$ 55,4 bilhões em 2024.
@CAS