Espanha pode cancelar pedidos restantes de Airbus A400M. Crescem rumores de que o governo espanhol poderá cancelar as encomendas restantes de aeronaves Airbus A400M Atlas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13/03) pela Reuters, citando fontes da área de defesa.
Originalmente o governo encomendou 27 unidades do A400M para equipar a frota de transporte pesado da Força Aérea e Espacial Espanhola, ou Ejército del Aire y del Espacio (EdAE). Cabe ressaltar que a produção mundial dos A400M Atlas é realizada na unidade da Airbus Defense localizada em Sevilha, no sul da Espanha.
Do total de 27 aeronaves encomendadas, até agora a Airbus entregue para a Espanha 14 unidades. De acordo com a Reuters, após vários meses de incerteza, fontes de defesa da Europa disseram que Madri está inclinada a cancelar as 13 aeronaves restantes, sob alegação que o Ejército del Aire indicou que não necessita dos aviões extras. O governo espanhol e a Airbus se recusaram a comentar a informação com a reportagem da Reuters.
Projetado para aumentar a capacidade estratégica das sete nações europeias que compõem a OTAN, anteriormente dependente de aeronaves americanas, o projeto A400M foi afetado por uma série de estouros orçamentários e atrasos de desenvolvimento. Esse foi considerado um dos maiores projetos no setor de defesa da Europa.
Novas dúvidas surgiram hoje (13/03), quando o Presidente-Executivo da Airbus, Guillaume Faury, compareceu às comemorações do centenário da Construcciones Aeronauticas (CASA), uma das empresas europeias que deu origem à Airbus, em Getafe, nos arredores de Madri. O primeiro-ministro Pedro Sanchez, a ministra da Defesa Margarita Robles e o rei Felipe também participaram do evento. De acordo com a agenda oficial do primeiro-ministro, ele deveria ter uma reunião com o Presidente da Airbus após o evento. Segundo a Reuters, nenhum dos lados comentou o assunto da agenda.
“A Espanha e a Airbus estariam discutindo um plano para amenizar qualquer impacto de um eventual cancelamento parcial do pedido original de A400M”, disse a fonte ouvida pela agência de notícias.
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