Ucrânia quer bombas de fragmentação para uso em drones. Conforme os legisladores americanos Jason Crow e Adam Smith, a Ucrânia manifestou interesse em obter um lote de bombas de fragmentação Mk-20 para lançar a partir de drones — como os Bayraktar TB2 — contra as unidades blindadas russas.
Kiev vem instigando os membros do Congresso a pressionar a Casa Branca para aprovar o envio das armas, mas não há certeza de que o governo Biden aprove isso. O senador republicano Lindsey Graham, que também participou de uma conferência do mês passado sobre apoio a Ucrânia, confirmou que as autoridades ucranianas em Munique querem a munição.
As munições cluster, proibidas por mais de 120 países, normalmente liberam inúmeras pequenas bombas que podem matar e danificar indiscriminadamente uma ampla área, ameaçando civis.
Jason Crow, um democrata e ex-veterano do US Army, mencionou que poderia apoiar o fornecimento do Mk-20 para a Ucrânia, mas apenas se eles dessem garantias de que não usariam as bombas de maneira agrupada, isto é, só se forem usados em ataques pontuais a tropas russas.
Vale a pena notar que a produção de Mk-20 (também conhecida como CBU-99 ou 100 Rockeye II) cessou anos atrás, embora os militares dos EUA ainda possuam um estoque dessa arma da era da Guerra Fria. Uma lei americana de 2009 proíbe a exportação de munições cluster dos EUA. No entanto, o presidente dos EUA, Joe Biden, tem autoridade para renunciar a essa proibição. Lançada pelo ar, ela librara ainda em voo mais de 247 submunições semelhantes a dardos ou bomblets (designados Mk 118 Rockeye), que geram uma chuva de explosivos.
Os militares ucranianos acreditam que essas submunições “têm melhor capacidade de perfurar armaduras do que as armas lançadas por drones”, disse Smith, o principal democrata do Comitê de Serviços Armados. Segundo a Reuters, a decisão está na mão do presidente Joe Biden.
@CAS