Pequeno drone rebelde que atacou Beriev A-50 em Belarus, causa transtornos na aviação militar russa. A perda da capacidade de Alerta Aéreo e Controle Antecipado (AEW&C) fornecida pelo Beriev A-50 Mainstay está prejudicando as operações aéreas conjuntas da Rússia e Belarus na guerra contra a Ucrânia. Foi o que determinou o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) em seu relatório mais recente sobre o conflito.
Em sua última atualização de inteligência, publicada em 09 de março, o MoD disse que o Beriev A-50U foi atacado por um pequeno veículo aéreo não tripulado (UAV) na Base Aérea de Maschulishchy (também conhecida como Base Aérea de Minsk-Machulishche), na Belarus. A ação aconteceu em 26 Fevereiro, e está afetando as operações aéreas em andamento, sugeriu o MoD.
Em 07 de março, o presidente da Belarus, Alexandr Lukashenko, confirmou que o A-50U Mainstay-D russo, implantado em seu país, havia sido danificado. “Felizmente, a aeronave não foi significativamente danificada, exceto por, segundo me disseram, arranhões e um buraco na fuselagem, o que não impede de fazer seu trabalho. No entanto, pedimos aos russos que levassem a aeronave para manutenção e nos enviassem outra. Assim foi feito”, disse Lukashenko, durante uma cerimônia na capital Minsk.
De acordo com o MoD do Reino Unido, a aeronave provavelmente foi levada para reparos em Taganrog, na Rússia, voando em baixa altitude, devido a danos na cabine pressurizada.
Os russos estão usando Mainstay em apoio operacional aos pilotos de MiG-31K Foxhound-D, que foram modificados para lançar os mísseis balístico ar-terra AS-24 Killjoy, uma capacidade estratégica chave usada por Moscou. Nessas modificações, foi removido o radar principal dos MiG-31K, deixando seus pilotos totalmente dependentes de fontes externas para sua operação.
“Existe a possibilidade de que as missões estejam ocorrendo com apoio de controle terrestre, ou com a escolta de outros caças, até que outro Mainstay possa ser implantado”, disse o MoD.
Conforme noticiamos anteriormente, o ataque foi realizado por membros da Associação das Forças de Segurança da Belars (BYPOL), uma entidade sediada na Polônia, que combate o regime do atual presidente belarusso.
Fonte: Janes Defense
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