Emirados Árabes Unidos compram jatos chineses L-15 Falcon. O Comando da Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos (UAEAF) assinou um contrato com a fabricante China National Aero-Technology Import & Export Corporation (CATIC), envolvendo a aquisição de 15 jatos de treinamento avançado Hongdu L-15 Falcon. A assinatura ocorreu em 21 de fevereiro, durante a Feira Internacional de Defesa (IDEX 23), realizada nesta semana em Abu Dhabi, EAU.
A negociação foi anunciada em fevereiro do ano passado, quando o Ministério da Defesa dos Emirados Árabes Unidos revelou que pretendia comprar um lote de 12 jatos multimissão L-15 Falcon da China, com opção para 36 aeronaves adicionais. “L-15” é a designação para exportação do supersônico Hongdu JL-10, em operação na Força Aérea do Exército Popular de Libertação da China (PLAAF).
De acordo com a fabricante, o L-15 Falcon é um treinador avançado destinado para pilotos de caças de quarta e quinta geração. O supersônico chinês também pode realizar missões de combate aéreo e ataque terrestre.
A CATIC levou para a IDEX 23 um modelo em escala do Hongdu L-15 Falcon com as cores e marcas UAEAF, além de uma sonda para reabastecimento em voo.
No mesmo dia do anúncio, o conglomerado estatal chinês AVIC (Aviation Industry Corporation da China) anunciou que a CACTI, em conjunto com a Chinese Aeronautical Establishment, inauguraram o “UAE Joint Lab”, um escritório destinado a trabalhar em conjunto com países árabes na busca de iniciativas e soluções para o segmento aeroespacial.
Especialistas no setor chamaram a atenção que essa aproximação dos Emirados Árabes Unidos com a indústria militar chinesa poderá representar um obstáculo para futuras aquisições de equipamentos de defesa ocidentais, especialmente os norte-americanos.
De acordo com o Global Times, em dezembro de 2021, os Emirados Árabes Unidos suspenderam um acordo para comprar caças F-35 e drones dos EUA devido às restrições impostas para as aquisições de tecnologias chinesas pelo país árabe. Um especialista militar chinês disse que, embora as empresas de defesa ocidentais continuem sendo as principais fornecedoras de armas para os países do Oriente Médio, elas não estão conseguindo dominar o mercado na região.
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