Link BR2 dá um passo decisivo. O Ministério da Defesa autorizou a criação do de um Grupo de Trabalho (GT) para a criação do Conceito Operacional — CONOPS do Conjunto do Enlace Automático de Dados do Link BR2, que nada mais é que o futuro sistema de datalink brasileiro.
A criação do GT do CONOPS do Link BR2 foi publicada no Diário Oficial do dia 15/02, sendo assinada pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire. A instrução Normativa do Link BR2 é mais um passo para o país ter um sistema próprio de enlace de dados. “Compete ao GT formular o conceito operacional para o emprego nas Forças Armadas do Sistema de Enlace de Dados Táticos Link BR2, com o propósito de definir a concepção e os cenários de emprego, evoluções técnicas, interoperabilidade, dentre outros aspectos que sejam relevantes para o Sistema Militar de Comando e Controle (SISMC²)”.
A Instrução nominativa irá criar o conceito operacional, que, primeiramente, será usado nos F-5M, servindo de base para a implantação futura em outros vetores como KC-390, H-36 e F-39. O projeto Link BR2 vem sendo desenvolvido há alguns anos, estando sob responsabilidade da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) da Força Aérea Brasileira, com a execução da AEL Sistemas.
O Link BR2 é um sistema de datalink, ou seja, de transmissão de dados, precisa conseguir transmitir grande volume de informações (voz e dados), criptografadas e em tempo real, além de ser leve, compacto e à prova de jammeamento. OS primeiros voos foram feitos no final de 2020, com o primeiro F-5 modificado sendo o FAB 4862. O primeiro enlace de dados entre duas aeronaves Northrop F-5EM (FAB 4829 e 4862) utilizando o Sistema Link-BR2, foi realizado no dia 13 de outubro, no 1º Esquadrão do 14º Grupo de Aviação (1°/14° GAV) — Esquadrão Pampa, da Base Aérea de Canoas.
Além da COPAC, o Projeto Link-BR2 conta com as gerências temáticas do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE); do Comando-Geral de Apoio (COMGAP); do Comando de Preparo (COMPREP); do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER); do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA); do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA); e do Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER).
Trata-se de um marco tecnológico para a Força Aérea Brasileira, pois a transmissão de dados é um dos ativos mais importantes — não só para a Força Aérea, mas também para as demais Forças.
@CAS