Caças do NORAD interceptam aeronaves militares russas próximo do Alasca dois dias seguidos. O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) acionou seus caças em missões de alerta de defesa aérea duas vezes em 48 horas. Nos últimos dias 13 e 14 de fevereiro, jatos F-35 Lightning II da USAF foram enviados para interceptar e identificar tráfegos desconhecidos que se aproximaram da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) no Alasca.
No dia 14/02, os pilotos dos Lightning II da USAF identificaram uma esquadrilha de aeronaves militares russa, composta por dois bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95 Bear-H escoltados por um Sukhoi Su-35 e um Su-30. A operação envolveu além dos F-35, dois caças F-16 Fightining Falcon, um E-3 Sentry de Alerta e Controle Aerotransportado (AWACS) e dois reabastecedores KC-135 Stratotanker.
No dia anterior (13/02), ocorreu uma operação semelhante, quando quatro aeronaves russas, sendo dois Tu-95 Bear-H e dois Su-35 voando próximo da ADIZ Alasca, foram interceptados e escoltados por uma dupla de F-16 da USAF.
De acordo com o NORAD, em ambas operações apesar da aproximação da ADIZ Alasca, as aeronaves russas em nenhum momento ingressaram no espaço aéreo norte-americano ou canadense.
As ações dessa semana foram as primeiras desde outubro do ano passado, quando a Rússia enviou dois bombardeiros Bear-H, interceptados por caças F-16 da USAF próximo a ADIZ Alasca.
As interceptações do NORAD e da USAF vem no “embalo” das ações de derrubada de um balão de vigilância chinês e de outros objetos indefinidos na América do Norte. Foi descartada qualquer conexão entre os incidentes, observando que “essa atividade russa perto do ADIZ norte-americano ocorre regularmente e não é vista como uma ameaça ou provocação”.
As interceptações de aeronaves russas pelos EUA eram comuns durante a Guerra Fria, mas praticamente desapareceram na década de 1990. Somente em 2007, o presidente russo, Vladimir Putin, retomou os voos de bombardeiros de longo alcance. Normalmente a USAF realizada entre seis e sete interceptações de aeronaves russas por ano, sendo que apenas em 2007 foram 15 operações deste tipo, informou o NORAD.
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