Rússia decide usar a aviação em massa sobre a Ucrânia. Os militares russos decidiram usar massivamente a aviação na Ucrânia, disse uma fonte próxima ao Ministério da Defesa. Segundo ele, a Rússia ainda tem uma vantagem aérea indiscutível sobre as forças armadas da Ucrânia.
A Rússia está começando a mudar de tática. Em 14 de fevereiro, o Financial Times, citando fontes, escreveu que a Rússia está realocando aviões de guerra e helicópteros para a fronteira com a Ucrânia para usá-los para apoiar uma nova fase da ofensiva. Conforme o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, a aviação russa ainda representa uma séria ameaça. “As forças terrestres russas estão muito esgotadas, esse é o principal indicador de que vão começar a usar a aviação”.
Segundo ele, a Ucrânia deveria obter o máximo possível de sistemas de defesa aérea e projéteis para esta nova fase do conflito, que irá completar um ano nesta semana. Em uma entrevista coletiva em 14 de fevereiro, Austin disse que os EUA não viam sinais de um iminente “ataque aéreo maciço” russo. Simultaneamente, ele observou que a Rússia possui uma quantidade significativa de aeronaves e os sistemas de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia ainda são insuficientes.
A Rússia terá aviões e pilotos suficientes? Desde o início da guerra, a Rússia reteve cerca de 80% de suas aeronaves, disse um oficial da OTAN ao Financial Times. Um relatório da inteligência britânica datado de 16 de fevereiro afirmou que as Forças Aeroespaciais Russas [RF VKS] agora têm cerca de 1.500 aeronaves de combate e as perdas durante a guerra chegam a cerca de 130 unidades. Analistas militares afirmam que a Rússia tem aeronaves suficientes, mas provavelmente faltam pilotos experientes e qualificados.
Em março do ano passado, havia informações de que pilotos com treinamento insuficiente estavam embarcando em aviões. A RF VKS pode ter intensificado o treinamento e, após 11 meses, conseguiu concluir com urgência o treinamento de um grande lote de tripulações.
A defesa aérea ucraniana aguentará? Muitos acreditam ser difícil a defesa aérea ucraniana resistir contra a aviação russa, sem um massivo apoio externo, o que se traduz suprimento contínuo e novas baterias antiaéreas de mísseis. A Ucrânia possui sistemas de médio alcance e para se esconder de seus radares, a aeronaves devem voar em baixa altitude. Nesse caso, porém, ficam vulneráveis à defesa aérea, como os FIM-92 Stingers. Porém, a quantidade de mísseis é um problema para os ucranianos que dependem de ajuda externa e com entraves políticos, exite muita demora, o que resulta em perdas no campo de batalha.
Para os militares ucranianos, os aviões de combate serão muito diferentes dos mísseis de cruzeiro e drones russos. Por um lado, mísseis e drones podem ser alvos mais difíceis do que aeronaves porque podem voar rápido [mísseis] ou baixo [drones]. Por outro, um caça a jato pode realizar manobras enquanto o míssil voa “numa trajetória predeterminada, mas ainda sim, previsível”.
A inteligência britânica observa que o número de aeronaves usadas pelos russos não mudou significativamente desde o verão. Recentemente, houve menos voos por várias semanas, muito por questões meteorológicas. Porém, na última semana o uso da aviação voltou ao nível anterior. O relatório diz que, muito provavelmente, a Rússia não realizará operações em grande escala no céu, pois isso levará a pesadas perdas. A tendência e mais voos, mas não um ataque massivo concentrado.
Na Ucrânia, eles continuam falando sobre os planos da Rússia de dominar completamente as regiões de Donetsk e Lugansk. Em 16 de fevereiro, Andrey Yusov, porta-voz da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa, disse que os militares receberam a tarefa de fazer isso até o final de março. Segundo ele, as exacerbações são possíveis em outras áreas, mas o objetivo principal continua sendo a tomada de territórios no Donbass — para “pelo menos demonstrar algo durante o ano desta guerra vergonhosa”.
Em 15 de fevereiro, a CNN informou, citando fontes, que os EUA, o Reino Unido e a Ucrânia não acreditam no sucesso da ofensiva russa. “É improvável que as unidades russas sejam muito mais bem organizadas, o que significa que é improvável que tenham muito mais sucesso. Ao mesmo tempo, eles [os militares russos] parecem prontos para enviar mais tropas para este moedor de carne”, disse um alto oficial britânico.
No início de fevereiro, fontes próximas ao Ministério da Defesa da Rússia e ao Estado-Maior contaram Histórias Importantes que os militares russos não acreditavam no sucesso de uma grande ofensiva.
@CAS