Operação Escudo Yanomami é reforçada por helicópteros das Forças Armadas. As aeronaves são amplamente utilizadas em operações de ajuda humanitária devido sua capacidade de acessar áreas remotas e de difícil acesso rapidamente, em condições adversas, em qualquer momento do dia ou da noite, até mesmo com mau tempo.
O Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), sediado na Base Aérea de Boa Vista (BABV), conta com o incremento de novos helicópteros para atuação direta na Operação Escudo Yanomami 2023. Tratam-se do UH-15 Super Cougar da Marinha do Brasil (MB), do HM-4 Jaguar do Exército Brasileiro (EB) e do H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira (FAB). Os vetores passam a compor a frota de modo a potencializar as missões de transporte aerologístico, aumentando consideravelmente as capacidades operacionais para o cumprimento das missões.
As aeronaves são utilizadas em operações de ajuda humanitária devido sua capacidade de acessar áreas remotas e de difícil acesso rapidamente, em condições adversas, em qualquer momento do dia ou da noite, até mesmo com mau tempo. São utilizadas, também, para transportar suprimentos, equipes de resgate e ajuda médica para áreas afetadas. Além disso, são úteis para evacuar pessoas feridas ou doentes de áreas inacessíveis para o tratamento médico adequado, a exemplo do que tem sido feito na Operação Yanomami, que já ultrapassaram os 20 dias de atuação.
Conforme o Comandante da Cmdo Op Cj Amz, Major-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, apesar da dificuldade encontrada no início da operação, especialmente com as condições da Pista de Surucucu, que impediam o pouso de aeronaves de grande porte, a presença dos helicópteros H-60 Black Hawk e o HM-2, da FAB e do EB, respectivamente, já davam condições de atuar na missão, distribuindo cestas básicas para as diversas aldeias, bem como fazendo as evacuações aeromédicas de indígenas que necessitam de atendimento médico.
“Nos preparamos para um ambiente muito mais severo e caótico do que encontramos aqui. Contornamos a situação, mesmo com o fato da pista estar limitada ela não inviabilizou nosso suporte para atender as demandas e todas as agências que atuam em parceria nesta operação, justamente pela capacidade das aeronaves que empregamos, fosse lançando ou distribuindo materiais. Ou seja, mesmo com dificuldade por conta da pista, mesmo ela ainda não estando com sua obra finalizada, mantemos os atendimentos necessários”, ressalta o Oficial-General.
Capacidade das asas rotativas
As três aeronaves de Asas Rotativas atuam com capacidade de carga superior a das outras aeronaves já em atuação na Operação. Os vetores podem transportar em torno de 2,5 toneladas na cabine de carga ou até 3,5 toneladas – o que corresponde mais de 200 cestas básicas – na parte externa, penduradas no gancho de carga. A cabine também é diferenciada, com espaço maior capaz de levar até 28 passageiros ou, ainda, instalar até 11 macas e assentos para uma equipe médica, com quatro pessoas. O interior da aeronave tem as luzes de sinalização para o lançamento de paraquedistas.
Estão em atuação, desde o início da operação e decolando da BABV, as aeronaves A-29, E-99, R-99, C-98 Caravan, KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e HM-2. Com o envolvimento dos meios aéreos disponíveis, até esta quarta-feira (15/02) foram cumpridas mais de 720 horas de voo, nas missões de lançamentos de cargas diversas e transporte de indígenas, os quais foram atendidos no Hospital de Campanha (HCAMP), também montado exclusivamente para a Operação.
Fonte: FAB
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