China intensifica exercícios militares perto de Taiwan em meio aos boatos da visita de congressista americano. As autoridades de defesa de Taiwan relataram nesta quarta-feira (01/02), intensas atividades de aviões e navios de guerra conduzidas pelo Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) ao redor da Ilha. O fato ocorre em meio à relatos da mídia de que o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, poderá visitar a ilha.
As manobras militares podem ser visto como um aviso à McCarthy de que ele não deve seguir o exemplo da sua antecessora, Nancy Pelosi, interferindo de forma provocativa nos assuntos internos da China, disseram analistas.
Nas últimas 24 horas, cerca de 34 aeronaves da Força Aérea da China (PLAAF) e nove embarcações da Marinha Chinesa (PLAN) foram detectadas cruzando a chamada linha mediana e entrando a autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan. De acordo com a Autoridade de defesa da ilha, foram caças J-10/J-11/J-16, drones BZK-005/BZK-007 e aeronaves de missão especial Y-8 EW/Y-8 ASW/Y8 ELINT, que ultrapassaram a linha imaginária que divide o espaço aéreo de ambos países.
O PLA já fez das patrulhas e exercícios ao redor da ilha de Taiwan uma rotina diária, e é normal que menos forças sejam mobilizadas em um dia e mais forças sejam mobilizadas em outro dia, disse um especialista militar baseado em Pequim ao Global Times em condição de anonimato.
Quando o então presidente da Câmara dos EUA, Nanci Pelosi, pousou em Taiwan em agosto do ano passado, o PLA realizou exercícios de grande escala sem precedentes, cercando a ilha de seis direções e disparou mísseis balísticos convencionais em toda a ilha pela primeira vez. “Caso McCarthy visite a ilha, esse será considerado um movimento provocativo, e o PLA será obrigado a responder resolutamente”, disse o especialista.
A China repetidamente ameaçou retaliar os países que buscam laços mais estreitos com Taiwan, mas suas tentativas de intimidação provocaram uma reação popular na Europa, Japão, Estados Unidos e outras nações, afirmou uma reportagem da agência Associated Press.
Em um memorando no mês passado, o General da USAF Mike Minihan instruiu os oficiais a se prepararem para um conflito EUA-China sobre Taiwan em 2025. Como chefe do Comando de Mobilidade Aérea, Minihan tem um profundo conhecimento dos militares chineses.
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