China deve retirar os caças J-7 de serviço em 2023. Com a indústria de aviação chinesa construindo caças avançados em um ritmo crescente, o país vem aposentando seus caças Chengdu J-7 (OTAN Fishcan) desde 2018. Neste ano, a versão chinesa do MiG-21 deverá ser completamente desativada da Força Aérea do Exército de Libertação do Povo Chinês (PLAAF — People’s Liberation Army Air Force).
Nos últimos anos, a PLAAF recebeu muitos equipamentos novos, com muitas unidades passando a voar caças avançados desenvolvidos internamente, atingindo novos níveis operacionais e no treinamento de pilotos. Simultaneamente, equipamentos mais antigos como J-7, o primeiro caça supersônico desenvolvido na China a atingir Mach 2 estão sendo desativados. Esse tipo de caça de segunda geração foi usado pela PLAAF e pela aviação naval (PLAN — People’s Liberation Army Navy) por décadas.
O descomissionamento do J-7 foi iniciado em 2018, e as unidades que ainda voam no jato acelerarão esse processo este ano. O número de caças J-7 restantes em serviço ativo agora é baixo e poucas unidades ainda estão operando esta cópia chinesa do lendário MiG-21. Em 30 de março de 1962, a União Soviética e a China assinaram um acordo de transferência de tecnologia referente ao MiG-21. Ele entrou em serviço em janeiro de 1966 na PLAAF, mas devido a várias problemas, de fato sua produção só seria em massa nos anos 1980. Inúmeras variantes foram feitas, muitas customizadas para os operadores.
O legado do J-7 para a aviação chinesa é que eles contribuíram significativamente para a defesa aérea da China. Muitas variantes, incluindo o jato de treinamento JL-9, foram desenvolvidas com base no J-7. O J-7 também vendeu bem no mercado internacional, sendo operado em várias versões de caça, ataque e treinamento por Zimbábue, Sudão, Nigéria, Namíbia, Tanzânia, Mianmar, Albânia, Irã, Iraque, Bangladesh, Sri Lanka e Paquistão, este o maior operador não chinês do F-7.
@CAS