USAF: ANG recomenda o uso do Decoy BriteCloud 218. A Guarda Aérea Nacional (ANG) dos EUA emitiu uma “recomendação de campo” para ser empregado o Leonardo BriteCloud 218 Expendable Active Decoy, após a conclusão bem-sucedida de testes empregando caças F-16 Fighting Falcon americanos, associados aos bons resultados obtidos em ensaios com Tornados italianos e F-16 dinamarqueses.
A isca (Decoy) será designada AN/ALQ-260(V)1 pela USAF. O BriteCloud 218 é uma variante menor do BriteCloud de 55 mm, que cabe nos dispensadores de chaff/flare de 2”x1”x 8” fabricados nos EUA, bem como nos dispensadores de contramedida padrão AN/ALE-47 dos F-16.
Conforme o comunicado a imprensa, o ANG “está confiante de que o chamariz atende e, em alguns casos, até excede os requisitos operacionais, oferecendo uma maior capacidade de proteção de plataforma para aeronaves de caça de 4ª geração”. Com a recomendação de campo, a USAF designou o BriteCloud 218 como AN/ALQ-260(V)1, identificando-o como uma contramedida de guerra eletrônica aerotransportada.
“Parece que foi aprovado com distinção. Temos muito interesse e demanda de outros usuários do F-16 e de outras plataformas da OTAN. Estamos conversando com vários compradores em potencial. Construímos um alto nível de confiança no sistema para o Typhoon com o formato 55 [mm], e agora estamos obtendo o mesmo nível de confiança do usuário final para o formato 218 para o F-16” — Wayne Smith, vice-presidente de vendas de guerra eletrônica da Leonardo UK.
O BriteCloud é um cartucho autônomo alimentado por uma bateria, que pode ser descartado como os clássicos chaffs e flares, criando uma grande distância entre a aeronave e a isca para que o míssil e seus estilhaços não atinjam a aeronave. De acordo com Leonardo, o BriteCloud consegue derrotar a maioria dos sistemas de ameaças terra-ar e ar-ar guiados por RF, incluindo aqueles que dependem da orientação “home-on-jam”.
Depois que o BriteCloud é ejetado, ele começa a procurar por ameaças prioritárias, coletando os pulsos de radar recebidos e cruzando-os com uma biblioteca de ameaças pré-programada. Ao encontrar uma correspondência, o computador de bordo do BriteCloud aplica seus algoritmos avançados para simular um “alvo falso” tão preciso que o sistema de ameaças não consegue detectar o engano e distingui-lo da aeronave real.
Atualmente, a Leonardo é a única empresa que conseguiu miniaturizar suficientemente a tecnologia de memória digital de radiofrequência (DRFM) a ponto de poder ser lançada a partir de um dispensador padrão de 55 mm (“do tamanho de uma lata de refrigerante”, como a empresa descreveu). Com essas características, o BriteCloud requer uma integração mínima, pois precisa apenas ser carregado nos dispensadores de chaff/flare.
O BriteCloud está sendo desenvolvido em três variantes: o BriteCloud 55, a variante cilíndrica de 55 mm já operacional nos Typhoons da RAF e que equipará o Gripen E; BriteCloud 218 no formato quadrado de 2”x1”x 8” para dispensadores de chaff/flare fabricados nos Estados Unidos e BriteCloud 55T, atualmente em desenvolvimento para aeronaves de transporte e helicópteros.
No início deste ano, Leonardo divulgou que dois Tornados da Força Aérea Italiana e um F-16 Fighting Falcon da Força Aérea Real Dinamarquesa visitaram RAF Coningsby em outubro de 2021 para testes com o BriteCloud EAD. Esses testes também seguem a integração do BriteCloud nos UAVs das séries MQ-9A Reaper e MQ-9B Sky/SeaGuardian. O MQ-9 da General Atomics se tornou o primeiro RPAS a empregar o BriteCloud, com uma campanha de teste no final de 2020;
@CAS