Rússia está avançando em três direções à medida que aumentam os ataques aéreos. As forças russas estão avançando em três direções, mas continuam concentrando seus principais esforços em uma ofensiva na direção de Bakhmut, disse o Estado-Maior do Exército ucraniano em 22 de janeiro.
Segundo declarações do Estado-Maior da Ucrânia, houve “ações ofensivas malsucedidas” conduzidas nas direções de Zaporizhzhya, Avdiyivka e Lyman, enquanto as forças ucranianas em Kupyansk, Novopavlovsk e Kherson estavam “se defendendo”.
As forças russas perto de Bakhmut estão usando cada vez mais ataques aéreos, enquanto continuam avançando sobre a cidade na região de Donbass, no leste da Ucrânia, segundo um relatório do Estado-Maior da Ucrânia, divulgado em 22 de janeiro. O documento relata dezenas de ataques aéreos a Ucrânia feitos em 21 de janeiro. Já em 22 de janeiro, o número de ataques foi menor. Conforme o Estado-Maior, os militares russos realizaram cinco ataques aéreos as posições de defesa da Ucrânia, contra 27 ataques aéreos no dia anterior. Foram bombardeados vários sistemas lançadores de foguetes, e pelo menos 20 posições de defesa. No dia anterior — 21/01, foram 55 posições bombardeadas.
As forças russas também lançaram um ataque com mísseis contra a infraestrutura crítica em Zaporizhzhya. Os relatórios não puderam ser verificados independentemente, mas não houve relatos de vítimas. O Estado-Maior também disse que as forças ucranianas atacaram áreas onde o inimigo estava concentrado, bem como dois depósitos de munição. Os soldados mercenários do Grupo Vagner estão desempenhando um papel significativo favor dos russos na batalha por Bakhmut.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse a repórteres em 20 de janeiro que, a companhia militar privada estava “literalmente jogando corpos em um moedor de carne” para capturar Bakhmut e a cidade de Soledar, situada a cerca de 20 quilômetros de distância. Analistas militares disseram que, embora a captura de Bakhmut tenha um significado simbólico para a Rússia, não seria importante do ponto de vista estratégico e não resultaria em nenhuma mudança significativa na guerra.
Kiev pediu a seus parceiros ocidentais que forneçam mais armamento, incluindo tanques pesados, especialmente KMW Leopard 2A7A1 de fabricação alemã, já que a Rússia parece estar se preparando para operações em larga escala além da região de Donbass.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, indicou que um impasse sobre o fornecimento dos tanques Leopard está chegando ao fim. Ela disse que Berlim está pronta para autorizar a Polônia a enviar seus tanques Leopard para a Ucrânia.
“Se nos fizerem a pergunta, não vamos atrapalhar”, disse Baerbock à televisão LCI após uma reunião de cúpula franco-alemã em Paris. “Sabemos o quanto esses tanques são importantes e é por isso que estamos discutindo isso agora com nossos parceiros. Precisamos garantir que as vidas das pessoas sejam salvas e o território da Ucrânia liberado”.
O representante dos EUA, Michael McCaul (republicano-Texas), disse anteriormente que os Estados Unidos deveriam concordar em enviar tanques Chrysler Defense M1 Abrams, conforme solicitado pela Alemanha, para quebrar o impasse e “liberar” os tanques Leopard. Falando à CNN, McCaul também disse que a decisão da Rússia de nomear o General Valery Gerasimov para assumir o comando da campanha na Ucrânia significa que Moscou “vai iniciar uma grande ofensiva no flanco oriental em Donbass”, e os tanques podem ajudar a impedir isso.
O secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksiy Danilov, concordou com a avaliação em artigo de opinião publicado pelo Pravda ucraniano. Ele disse: “a Rússia está concentrando recursos, levantando reservas, restaurando a capacidade de combate e procurando as áreas mais vulneráveis da frente ucraniana”.
Com base nas reformas militares anunciadas recentemente, Moscou também está se preparando para uma ameaça militar convencional estendida e fora do teatro de guerra ucraniano, segundo a inteligência britânica. A inteligência da Grã-Bretanha fez uma avaliação em 22 de janeiro ao comentar o anúncio do ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que as reformas acrescentariam 1,5 milhão de militares em três anos e restabeleceriam dois distritos militares na Rússia.
Os planos “sinalizam que a liderança russa provavelmente avalia que uma ameaça militar convencional reforçada durará muitos anos além da atual guerra na Ucrânia. A Rússia provavelmente terá dificuldades para contratar pessoal e equipar a expansão planejada adequadamente”.
@CAS