F-22 é retirado do Advanced Battle Management System. A USAF está retirando o Lockheed Martin F-22A Raptor de um esforço de integrar a aeronave ao seu Sistema Avançado de Gerenciamento de Batalha ou Advanced Battle Management System (ABMS).
A exclusão do F-22 do chamado ABMS Capability Release 1, destinado a permitir a transferência segura de dados entre aeronaves e sistemas no solo, foi incluída em uma análise publicada neste mês pelo Government Accountability Office (GAO). O órgão federal de fiscalização examinou as contribuições da USAF para a campanha “conectar tudo” através do programa Joint All-Domain Command and Control (JADC2), a pedido do Congresso, que no passado cortou o financiamento por não haver clareza no projeto.
Inicialmente, o Capability Release 1 foi projetado para conectar e dar feedback em tempo real entre as aeronaves Boeing KC-46, F-35s e F-22s e sistemas de comando e controle (C2) no ar ou em solo. Os caças de quinta geração não podem compartilhar informações uns com os outros, observou o GAO, devido a diferenças no design e do desenvolvimento dos sistemas de comunicações de voz e dados.
Oficiais da USAF disseram ao GAO que a decisão de dispensar o F-22 do trabalho preliminar do Capability Release 1 decorre de seu “papel reduzido na futura estrutura de força”, entre outros fatores. O pedido combinado de orçamento do ano fiscal de 2023 (FY2023) para as forças aéreas e espaciais, é de cerca de US$ 194 bilhões, o que exige o corte de 150 aeronaves, incluindo A-10C, KC-135 e F-22A mais antigos. Por ser antigo, além de retirar o F-22 do ABMS, a USAF já trabalha para reduzir o número de aeronaves de sua frota. A não aplicação do AMBS no F-22 é simples: falta de recursos.
Desde então, vincular o F-35 teve precedência, disse o GAO. As conexões do F-22 podem ser revisadas no futuro — algo improvável: ele deverá sair de cena até 2030. “Historicamente, quando o US DOD e os departamentos militares adquiriram sistemas de armas, eles geralmente priorizavam as capacidades individuais do sistema sobre conectividade, interoperabilidade de dados e compatibilidade funcional entre sistemas”, diz o relatório. “O DOD reconhece que seus sistemas agora precisam operar em ambientes de batalha mais complexos e que exigem maior conectividade.”
Espera-se que os protótipos do Capability Release 1 sejam instalados em dois reabastecedores Boeing KC-46 no ano fiscal de 2024, após aproximadamente um ano de contratempos vinculados ao que o relatório descreveu como “problemas técnicos”. A tecnologia se baseia nos sucessos obtidos durante um exercício de dezembro de 2019, no qual a USAF registrou a transmissão de dados entre os F-35 e outras aeronaves.
O Capability Release 1, de forma mais ampla, é um projeto-chave sob a égide do ABMS, o candidato JADC2 da USAF. No geral, JADC2 incorpora como os EUA querem lutar em suas guerras futuras, com muros de longa distância entre ar, terra, mar, espaço e ciber. Tal abordagem é necessária, dizem as autoridades de defesa, para manter uma vantagem sobre a China ou a Rússia, que eles descrevem como as duas principais ameaças à segurança nacional do país. O US Army e a US Navy também têm seus próprios projetos, com similaridades, que para muitos é uma sobreposição de recursos.
@CAS