FACH: 25 anos da primeira operação com caças F-5E/F na Ilha de Páscoa. A Força Aérea Chilena (FACH) celebrou ontem, 12 de janeiro de 2023, os 25 anos da Operação “Manu Tama’i” (“Pássaro de Guerra” na língua local) quando quatro caças F-5 Tiger III voaram cerca de quatro mil quilômetros entre a Base Aérea de Cerro Moreno, em Antofagasta, e o Aeroporto Mataveri, em Rapa Nui, na distante Ilha da Páscoa.
Histórico
Na segunda metade da década de 1990 a FACH passava por grandes mudanças e avanços tecnológicos, como por exemplo o recebimento do primeiro avião-tanque KC-707 Águila em abril de 1996. Essa aeronave foi convertida pela ENAER a partir da célula do Boeing 707 matrícula 903.
Com a preocupação do Alto Comando da FACH em ter capacidade REVO na frota de caças F-5E/F Tigre III, em meados de 1997 esses caças receberam a sonda de reabastecimento em voo. Em outubro daquele ano, o KC-707 Águila foi transferido para a Base Aérea de Cerro Moreno para treinamento REVO dos pilotos de Tiger III.
A missão
Como forma de demonstrar as novas capacidades alcançadas pelo Grupo 7, o então Comandante-em-Chefe General de Ar Fernando Rojas Vender, definiu a ideia de realizar um voo com reabastecimento em voo para a Ilha de Páscoa, onde ele próprio voaria como líder da Esquadrilha.
Após um ano de planejamento, às 14h00 (horário local) do dia 12 de janeiro de 1998, a Esquadrilha F-5E/F Tiger III decolou da Base Aérea de Cerro Moreno. Momentos antes um C-130 da equipe de resgate PARASAR havia decolado para um eventual resgate, enquanto da Base Aérea de Los Cóndores, em Iquique , decolou o avião-tanque KC-707 Águila. Um Gulfstream III decolou de Santiago com o objetivo de fornecer informações meteorológicas em rota para os pilotos dos caças.
Os F-5E/F percorreram a distância de aproximadamente 3.800 km até a Ilha de Páscoa, em 5 horas e 32 minutos de voo, sendo que cada um dos caças foi reabastecido em voo quatro vezes. Às 17h32 (horário da ilha), os aviões pousaram na longa pista de 3.300 metros do Aeroporto Mataveri (IPC/SCIP), na Ilha de Páscoa. A mesma operação seria repetida na viagem de volta, realizada dois dias depois, em 14 de janeiro de 1998. A alternativa na ida e na volta, para caso de emergência, era a remota Ilha de San Félix (SCFX).
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