Apenas quatro A-29 Super Tucano operacionais no Equador. A Força Aérea Equatoriana (FAE) está sofrendo com uma baixa disponibilidade dos seus meios aéreos. O alerta foi divulgado pelo presidente do Equador, Guillermo Lasso, que assegurou que a situação confirmaria a existência de “vários acordos entre antigos governos e o narcotráfico”.
“Descobri claramente que houve um pacto entre um governo e o narcotráfico, bem como a indiferença do último governo, e isso deve ser dito claramente… porque devemos manter viva a memória da história para não repetirmos os mesmos erros do passado”, destacou o presidente em seu discurso durante a sessão alusiva aos 202 anos de independência política da cidade de Portoviejo, em 18 de outubro.
Lasso disse que desde o início do seu governo encontrou equipamentos inoperantes, que deveriam estar ao serviço do país, mas que se “encontravam aos pedaços“. Isso mostra como o país ficou em estado de vulnerabilidade diante das ações de organizações criminosas transnacionais, afirmou o presidente.
Um exemplo é a frota de 17 caças A-29B Super Tucano operados pelo Esquadrão de Combate 2313, sediado na Base Aérea de Eloy Alfaro-Manta. De toda frota, apenas apenas quatro aeronaves estariam operacionais.
Lasso disse que estão sendo adquiridos equipamentos, que incluem viaturas blindadas, sistemas e tecnologias para reforçar a inteligência da Polícia Nacional e uma série de equipamentos modernos para, em conjunto com as Forças Armadas, impedir que o narcotráfico tente para assumir o Estado equatoriano.
Não é a primeira vez que o presidente equatoriano levanta acusações como essas. Em novembro do ano passado, ele afirmou que o Equador é usado como passagem para cargas de drogas destinadas aos Estados Unidos e à União Europeia.
Na ocasião, Lasso lamentou que, nos últimos 14 anos anteriores aos de seu governo, o Equador tenha se tornado um país consumidor de drogas e atribuiu a situação de violência e crimes aos dois governos que o antecederam, o de Rafael Correa (2007-2017) e de Lenín Moreno (2017-2021). Ele acusou diretamente o governo Correa de ter deliberadamente entregado “parte do território equatoriano a traficantes de drogas”.
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