Itália recebe 2º Gulfstream G550 que será convertido em C4ISTAR. A Aeronáutica Militare Italiana (AMI) recebeu o segundo Gulfstream G550 que será convertido em plataforma de guerra eletrônica C4ISTAR. A aeronave, matrícula MM62332/14-14 (c/n 5559) foi transladada dos Estados Unidos para a Itália no último dia 30 de outubro, com o indicativo de chamada “IAM1494”.
Fabricado em 2017, o jato executivo comprado da empresa TVPX Aircraft Solutions, onde voava com a matrícula civil N1777U. Coube a empresa norte-americana L3Harris Technologies Integrated Systems realizar a conversão do G550 em uma plataforma especializada C4ISTAR (Command, Control, Communication, Computers, Intelligence, Surveillance, Target Acquisition and Reconnaissance).
Conforme noticiamos, em março deste ano a AMI recebeu na Base Aérea de Pratica di Mare, o primeiro G550 C4ISTAR, MM62329/14-13 (c/n 5581). Esta aeronave foi vista no sábado (26/10) decolando do Aeroporto de Dallas Love Field, Texas, rumo à Joint Base Andrews, em Washington DC.
Atualmente a AMI opera dois Gulfstream E550A CAEW (Conformal Airborne Early Warning), matriculados MM62293/14-11 e MM62303/14-12 e comprados da Israel Aerospace Industries de Israel em 2012.
Em 2020, o Ministério da Defesa italiano publicou seu planejamento plurianual para 2020-2022, onde uma das prioridades era a aquisição de até oito plataformas C4ISTAR baseadas no Gulfstream G550, bem como construir um centro de manutenção dessas aeronaves, inclusive fornecendo serviços para terceiros. Inicialmente a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA (DSCA) aprovou a venda ao governo italiano de dois Gulfstream G550.
Em julho de 2021, a Gulfstream Aerospace cessou a produção do G550, substituindo pelo novo G600. Antecipando interesse dos usuários militares pelo G550, a fabricante produziu algumas células que serão disponibilizadas para o mercado militar, como o EC-37B Compass Call da USAF e o MC-55A Peregrine da Austrália. Daqui para frente, os eventuais operadores de G550 terão que procurar células no mercado de aeronaves usadas.
As novas plataformas reforçam a capacidade da AMI de operar missões de Inteligência de Sinais (SIGINT), à medida que a região do Mediterrâneo se torna um foco de tensões regionais como a Turquia, Egito combatendo na Líbia e a recente guerra na Ucrânia.
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