Ucrânia sob ataques ‘maciços’ de mísseis russos. A Ucrânia diz que o fornecimento de energia e água em todo o país foi gravemente atingido depois que a Rússia lançou mais de 50 mísseis contra instalações críticas desde o início da semana. Na capital Kiev, segundo a prefeitura, 40% dos moradores estão sem água e 270 mil residências não têm eletricidade.
Instalações de energia também foram atingidas na cidade de Kharkiv, no nordeste do país. Treze pessoas ficaram feridas em todo o país. A Rússia disse ter como alvo o comando militar e os sistemas de energia da Ucrânia. O Ministério da Defesa do país acrescentou que todos os “objetos designados foram atingidos” por armamento de alta precisão de longo alcance. Os militares da Ucrânia disseram que suas defesas aéreas derrubaram 44 mísseis de cruzeiro lançados da área da região russa de Rostov e do Mar Cáspio.
Os ataques ocorrem depois que a Rússia culpou a Ucrânia por um ataque de drones à sua frota do Mar Negro na região da Crimeia anexada. Vitaliy Klitschko, prefeito de Kiev, relatou escassez de água e energia depois que infraestrutura crítica perto da capital foi danificada no ataque russo. Ele disse inicialmente que 80% dos consumidores da cidade estavam sem água e cerca de 350.000 casas estavam sem eletricidade — acrescentando em uma atualização posterior que muitas pessoas tiveram energia reestabelecida.
Longas filas foram vistas em toda a cidade, pois os moradores estavam desesperados para coletar água das bombas. As autoridades da cidade disseram que em Kiev “nenhum ataque foi registrado” devido ao “trabalho eficaz das forças de defesa aérea”. Ataques com mísseis também foram relatados na manhã de segunda-feira, dia 31/10 na região central de Vinnytsia, bem como em Dnipropetrovsk e Zaporizhzhia, no sudeste, e Lviv, no oeste da Ucrânia.
Uma instalação da usina hidrelétrica de Dnipro, na região de Zaporizhzhia, também foi atingida. Ao todo, 18 instalações — a maioria delas geradoras de energia — foram atingidas em 10 regiões da Ucrânia, disse o primeiro-ministro Denys Shmyhal, acrescentando que “centenas de localidades em sete regiões” ficaram sem energia.
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