6° ETA atinge marca de 50 órgãos transportados no ano de 2021. O 6º Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) “Esquadrão Guará” da Força Aérea Brasileira (FAB), realizou, na madrugada da segunda-feira (06/07), o 50º transporte de órgão no ano de 2021. O fígado, captado em Sorocaba (SP), seguiu a bordo da aeronave U-100 (Phenom 100) do Esquadrão para a cidade de São José do Rio Preto (SP), onde encontrou o recebedor. Operando com quatro tipos diferentes de aeronaves (U-35A, U-100, C-95M e C-98A), atualmente o Esquadrão Guará é o que mais realiza esse tipo de missões no Brasil pela FAB.
“Fico muito honrado em poder conduzir um dos vetores da FAB que leva esperança para os brasileiros mais necessitados” disse o Capitão-Aviador Leandro Janducci Carrera, Comandante da Aeronave.
Conforme regulamenta o Decreto n° 9.175, de 18 de outubro de 2017, em seu artigo 55, o Ministério da Saúde pode requisitar o apoio da Força Aérea Brasileira para o transporte de equipes médicas e órgãos. A FAB mantém permanentemente disponível, no mínimo, uma aeronave exclusivamente para esse propósito.
Como ocorrem as missões
Coordenadas na FAB pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), as missões de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ) têm início nas Centrais Estaduais de Transplante (CET), que informam sobre a existência de órgãos para transplante. De posse da informação, a CNT consulta companhias civis para verificar a disponibilidade logística e, caso não existam voos disponíveis na linha comercial, a FAB é acionada para o cumprimento da missão.
Por conta das restrições impostas pelo tempo de isquemia – tempo no qual o órgão ainda se mantém sadio fora do corpo humano – as missões exigem prontidão e agilidade das tripulações. Não raro, o tempo decorrido entre o planejamento, o acionamento da missão, a preparação da aeronave e a decolagem, é de cerca de duas horas, podendo acontecer a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer dia da semana.
O Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, garantido pelo Sistema Único de Saúde, responsável pelo financiamento de cerca de 95% dos mais de 60 mil transplantes realizados a cada ano.
Fonte: FAB